ORIENTE MÉDIO

Exército de Israel segue avançando por terra em Gaza

O objetivo da operação é a “destruição” do Hamas, que, conforme Israel, se esconde em uma rede subterrânea em zonas onde se encontram hospitais, mesquitas, e escolas

Foto: FDI/Reprodução

Nesta segunda-feira (30), já se vão 48 horas que o exército israelense lançou – após preparativos e uma espera de diversas semanas – uma operação militar em Gaza com o objetivo de realizar a “destruição” do Hamas, com havia anunciado, na sexta-feira (27), o Ministro da Defesa, Yoav Gallant. 

Israel, no entanto, não enviou divisões de infantaria completas ao enclave. Os militares visam evitar fortes embates com os combatentes do Hamas (aproximadamente 30 mil homens, reforçados por voluntários); da Jihad Islâmica (alguns milhares); e de pequenos grupos mais marginais, emboscados em um dispositivo defensivo incluindo uma rede subterrânea gigante.

As forças israelenses entraram em Gaza em número desconhecido, progredindo em diversos pontos do enclave, notadamente na parte mais ao norte, entre o mar e a cidade palestina de Beit Hanoun. No domingo (29), o exército se envolveu em diversos combates em terra. Ao mesmo tempo, Gaza foi atingida pelos ataques aéreos mais massivos desde o início do conflito.

De acordo com o Estado Maior israelense, mais de 450 destes bombardeios foram lançados nas últimas 24h. Os primeiros haviam começado no dia seguinte do ataque do Hamas sobre Israel, em 7 de outubro. Na cidade de Gaza, que dá nome a região conflagrada, os fatos resultaram em caos crescente e destruição generalizada.

O balanço de pessoas mortas desde o início dos bombardeios, segundo o Ministério da Saúde no território palestino administrado pelo Hamas, já passa de 8 mil. Neste levantamento, 3.457 são menores de idade e 2.136 mulheres. Ao todo, ainda, 21 mil pessoas ficaram feridas.

A Defesa Civil em Gaza estimou, no sábado (28), que centenas de edifícios e casas foram inteiramente destruídas. Para a autoridade, o pior está por vir. Já o exército israelense considera que o movimento islâmico construiu sua infraestrutura militar subterrânea privilegiando as zonas onde se encontram, na superfície, os hospitais, as mesquitas, e as escolas.  

Além da Ansa Brasil, foram traduzidas informações do jornal francês Le Monde.