O eurodeputado Francesco Torselli, do partido Irmãos da Itália, afirmou neste domingo (21) que a Itália só aceitará assinar o acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul quando houver garantias de proteção aos agricultores italianos.
A declaração foi feita durante um evento do partido na cidade de Florença, na região da Toscana. Conforme o parlamentar, a posição do governo italiano está diretamente vinculada à segurança do setor produtivo agrícola do país.
“Assinaremos o acordo com o Mercosul quando os produtores italianos estiverem satisfeitos e protegidos por ele. Sem essas condições, a Itália não o assinará”, declarou Torselli.
O eurodeputado também afirmou que, na avaliação do partido, o acordo beneficia de forma desproporcional países do norte da Europa, especialmente a Alemanha, em detrimento de economias agrícolas do sul do continente.
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Apoio conceitual ao acordo
Segundo Torselli, governos anteriores teriam aceitado acordos desfavoráveis ao setor produtivo italiano, enquanto a atual primeira-ministra, Giorgia Meloni, “optou por não aderir automaticamente à proposta apresentada no Conselho Europeu”. Ele acrescentou que essa posição contribuiu para o adiamento da assinatura do tratado para janeiro de 2026.
Apesar das críticas, o parlamentar declarou apoio conceitual ao acordo. Ele afirmou que considera positiva a ampliação das relações comerciais da União Europeia com outros mercados e destacou a afinidade histórica, cultural e linguística entre a Europa e a América do Sul.
Torselli ressaltou, no entanto, que o governo italiano só dará aval ao tratado caso haja garantias de que nenhum segmento do setor produtivo do país será prejudicado.
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