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Emmanuel Macron é reeleito presidente da França

Uma projeção divulgada pelo Instituto Ipsos na tarde deste domingo (24) aponta que o presidente Emmanuel Macron foi reeleito com 58,2 % dos votos. A candidata da extrema direita Marine Le Pen teria conquistado 41,8%. Após o anúncio, diversos eleitores do centrista, reunidos em frente a Torre Eiffel, já comemoram o novo mandato de cinco anos. Os números são estimativas calculadas a partir dos resultados das seções eleitorais que foram fechadas às 19h (horário local).

Macron realizou neste domingo (24) seu primeiro discurso e prometeu “uma nova era” no país que será diferente de seu mandato anterior. “Sou o presidente de cada um de vocês”, disse Macron, no Campo de Marte, aos pés da Torre Eiffel. “Ninguém ficará para trás, nós teremos que responder à raiva do país”.

O líder francês declarou alguns dos desafios que enfrentará no seu novo mandato de cinco anos, iniciando pelo avanço da extrema direita. Para ele, este é o momento de unir todo o país. “Eu não sou mais o candidato de um campo [político], mas sim o presidente de todas e todos”, enfatizou ele, prometendo dar respostas aos que votaram na extrema direita.

“Nós temos de ter uma ambição, nós temos muito a fazer. A guerra na Ucrânia nos lembrou das consequências trágicas e que a França precisa erguer sua voz e mostrar suas escolhas de forma mais claras, em todas as demandas, e nós faremos isso. Nós também temos que estar muito vigilantes, ter respeito, porque esse é um tempo de grande dúvida e divisão. Portanto, temos de ser fortes, mas ninguém será deixado de fora”, afirmou Macron.

De acordo com o presidente francês, seu novo governo não será uma continuidade dos próximos cinco, mas um esforço coletivo para remodelar o governo. “Cada um de nós terá uma responsabilidade, cada um de nós terá de estar comprometido, porque todos nós somos importantes e vamos além de nós mesmos. É isso que faz o povo francês.” Durante seu discurso, ele reforçou ainda que seu projeto é transformar a França em uma nação ecológica.

Macron também foi reeleito de acordo com as outras pesquisas de boca de urna, que oscilam até um mínimo de 57,6%. Aos 44 anos, ele é o 9º presidente da Quinta República e o primeiro reeleito depois de Jacques Chirac, que em 2002 derrotou em votação o pai de Marine Le Pen, Jean-Marie Le Pen, fundador da Frente Nacional.

Participação no segundo turno de 63% do eleitorado

A participação registrada às 17h na votação das eleições presidenciais na França foi de 63,23%, mais de dois pontos a menos do que em 2017, de acordo com o Ministério do Interior francês.

A vitória por uma vantagem menor deve-se também aos diversos protestos sociais que marcaram a primeira metade do mandato de Macron, a pandemia global que confinou milhões de pessoas e a invasão russa da Ucrânia que abalou todo o continente europeu.

O resultado final deve ser divulgado ainda hoje. Cerca de 15 minutos depois da divulgação da projeção, Le Pen admitiu sua derrota durante discurso para apoiadores. “Derrota? Não, é uma forma de esperança. A aspiração de mudança não pode ser ignorada”, disse ela após a votação. Le Pen enfatizou que o resultado eleitoral ainda é uma “vitória sensacional” para seu partido e garantiu que respeita o veredicto das urnas, mas sua luta na política francesa continuará.

Apesar da segunda derrota na disputa pelo Palácio do Eliseu, Le Pen levou a extrema direita francesa a um patamar nunca tão alto desde o início da Quinta República Francesa em 1958.

A política expressou sua gratidão às pessoas que votaram nela nas províncias, no campo e nos territórios ultramarinos da França. “Esta França também esquecida, nós não a esquecemos”, disse Le Pen, acrescentando que estaria lançando “uma grande batalha pelas eleições legislativas”, que devem ocorrer em junho.

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