Nesta quinta-feira (28) é celebrado o Dia Mundial Contra a Raiva. A data foi criada para conscientizar sobre a importância de imunizar cachorros e gatos contra a doença, que mata quase 100% dos infectados, inclusive humanos, e não tem cura. Há registros de que estes, nos casos raros em que sobrevivem, podem ficar em condições vegetativas.
As vacinas são oferecidas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde em todo o país. Elas devem ser aplicadas todos os anos. Segundo o Ministério da Saúde, ao longo dos anos a vacina ajudou a reduzir o número de casos no país. Em 1999, 1,2 mil cachorros testaram positivo para a doença, enquanto em 2022 foram sete diagnósticos.
Atualmente, os animais silvestres representam a maior parte dos infectados pela doença. Entre os humanos, desde 2010 foram 47 casos no Brasil, nove delas foram infectadas por cachorros; quatro, por gatos, e a maior parte, 24, por morcegos. Houve transmissões também por animais como raposas e macacos.
Contudo, a preocupação com a raiva no Brasil aumentou depois que um cão testou positivo para o vírus em São Paulo, no fim de agosto. Esta foi a primeira infecção em um cachorro na região desde 1997. A doença infecciosa atinge animais mamíferos e não tem cura.
A doença e o diagnóstico
A raiva é uma zoonose que acomete mamíferos. Ou seja, trata-se de uma doença infecciosa que se originou em animais, mas que pode pular para os seres humanos. No caso da raiva, ela se origina de um vírus e a transmissão para pessoas ocorre através do contato com saliva de animais infectados. Isso costuma ocorrer através da mordedura, mas há casos de infecção via arranhadura e/ou lambedura desses animais.
O animal com raiva não consegue beber água e demonstra agressividade incomum. Se ele tiver sido mordido ou arranhado por outro, como morcegos, por exemplo, a recomendação é levá-lo a um veterinário. Caso uma pessoa seja mordida por um animal, é preciso limpar o local do ataque com água corrente e sabão e buscar atendimento médico o mais rápido possível