TRABALHO

Desemprego sobe no Brasil e chega a 8,6%, aponta IBGE

As baixas são percebidas na comparação com o trimestre anterior. Porém, tanto emprego quanto indústria tiveram alta em relação ao mesmo período do ano passado

O desemprego no Brasil aumentou 0,5 ponto percentual no trimestre contado de dezembro de 2022 a fevereiro de 2023 e agora chega a 8,6%. Já na comparação com o mesmo período do ano passado, houve recuo de 2,6 pontos percentuais. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (31), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Segundo o Instituto, a população desocupada chegou a 9,2 milhões de pessoas, o que representa um crescimento de 5,5% frente ao trimestre anterior. Já na comparação anual foi registrado recuo 23,2%, com menos 2,8 milhões de pessoas desocupadas.

O contingente de pessoas ocupadas recuou 1,6% ante o trimestre anterior e chegou a 98,1 milhões de pessoas (menos 1,6 milhão de pessoas). Já ante o mesmo trimestre do ano anterior houve crescimento de 3,0%.

O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar), estimado em 56,4%, caiu 1,0 ponto percentual frente ao trimestre anterior (57,4%) e subiu 1,2 p.p. ante igual trimestre do ano anterior (55,2%).

Conforme apuração do IBGE, Houve redução nos seguintes grupamentos: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-2,3%, ou menos 202 mil pessoas), Indústria Geral (-2,7%, ou menos 343 mil pessoas), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-2,7%, ou menos 471 mil pessoas) e Outros serviços (-3,2%, ou menos 171 mil pessoas).

Indústria

Ontem (30), o IBGE já havia anunciado também um recuo de -0,3% na produção industrial do Brasil em janeiro de 2023 na comparação com dezembro. No fim do ano passado, a indústria teve dois meses seguidos de crescimento, com uma leve expansão de 1,5%, mas em dezembro teve variação nula.

Assim como na questão do emprego, a indústria cresceu se comparada ao mesmo período do ano anterior. A alta é 0,3%.

Entre as atividades industriais pesquisadas, as influências negativas mais importantes foram: produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-13,0%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,0%), produtos alimentícios (-2,1%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,5%).

Outras contribuições negativas relevantes vieram de produtos químicos (-1,3%), de produtos de metal (-2,8%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,2%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-3,5%) e de celulose, papel e produtos de papel (-1,3%).