Líderes de 26 países participaram neste sábado (15) de uma reunião por videoconferência convocada pelo premiê do Reino Unido, Keir Starmer, para discutir garantias de segurança à Ucrânia em caso de um possível cessar-fogo com a Rússia.
A iniciativa, liderada também pela França, conta com a participação de nações europeias, além de Austrália, Canadá e Nova Zelândia. O principal objetivo é debater formas de garantir a segurança do território ucraniano e discutir um possível envio de tropas de manutenção da paz.
Aliados reafirmam apoio à Ucrânia
“O povo da Ucrânia pode contar conosco, agora mais do que nunca”, escreveu Starmer no X (antigo Twitter), em meio à retirada do apoio político dos Estados Unidos a Kiev após o retorno de Donald Trump ao poder.
O premiê britânico também criticou a postura do Kremlin. “Não podemos permitir ao presidente Putin que faça joguinhos sobre o acordo apresentado pelo presidente Trump. O desprezo total do Kremlin à proposta de cessar-fogo serve apenas para demonstrar que Putin não é sério sobre a paz.”
Na última semana, a Ucrânia aceitou uma trégua de 30 dias proposta pelos Estados Unidos, mas a Rússia ainda não confirmou adesão ao plano.
Segurança e resistência ao envio de tropas
Ao abrir a cúpula, Starmer destacou que os aliados precisam estar preparados para garantir uma paz duradoura. “Isso significa reforçar a defesa da Ucrânia, mas também estarmos prontos para defender um possível acordo por meio de uma coalizão de dispostos.”
No entanto, a proposta de enviar tropas de manutenção da paz enfrenta resistência na Europa. A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, declarou que não há previsão de participação nacional em uma eventual força militar. Roma defende que qualquer missão de paz seja conduzida sob a bandeira da ONU (Organização das Nações Unidas).
As discussões sobre garantias de segurança continuam em andamento, com foco na busca de um consenso entre as nações aliadas.