Uma corte de Justiça de Tóquio deverá decidir se autoriza a libertação por fiança do ex-presidente do conselho da Nissan Motor Carlos Ghosn.
Ghosn está sendo acusado de grave quebra de confiança e de violar uma lei financeira, ao relatar ganhos reduzidos de compensação. Ele nega as acusações. Sua equipe de defesa já entrou com pedido de libertação na Corte Distrital de Tóquio.
No Japão, suspeitos em casos envolvendo equipe da promotoria em investigação especial tendem a ser detidos por longo tempo, enquanto se recusarem a admitir as acusações, por causa de preocupação de que poderiam destruir provas.
Mesmo que recebam liberdade condicional, eles são frequentemente liberados sob condições, para evitar que fujam ou ocultem provas. Greg Kelly, um ex-diretor-representante da Nissan denunciado juntamente com Ghosn, foi liberado em rara decisão da corte de Justiça no mês passado. Contudo, a corte impôs a Kelly uma proibição de viajar ao exterior, bem como restrições sobre locais onde pode morar.
Fontes afirmam que Ghosn espera regressar à França, porém prometeria comparecer à corte de Justiça japonesa caso fosse solicitado.
*Com informações da NHK, emissora pública de televisão do Japão