ASTRONOMIA

Chuva de meteoros Orionídeas terá pico de visibilidade nesta semana no Brasil

Fenômeno associado ao cometa Halley poderá ser visto sem equipamentos; pico ocorre entre terça (21) e quinta-feira (23).

James McCue (Novo México) capturou este meteoro das Orionídeas em 22 de outubro de 2023. Crédito: Observatório Nacional
James McCue (Novo México) capturou este meteoro das Orionídeas em 22 de outubro de 2023. Crédito: Observatório Nacional

A chuva de meteoros Orionídeas atinge seu pico de observação entre terça (21) e quinta-feira (23) e poderá ser vista de todas as regiões do Brasil, conforme o ON (Observatório Nacional). O fenômeno, originado por detritos do cometa Halley, promete céu iluminado e excelente visibilidade nas madrugadas da semana.

O melhor horário para acompanhar o espetáculo é da meia-noite ao amanhecer, quando a Terra atravessa a parte mais densa da trilha de poeira deixada pelo Halley. O ON classifica as condições de observação como “excelentes” em todo o território nacional, especialmente nas áreas afastadas da poluição luminosa.

De acordo com o astrônomo Marcelo De Cicco, coordenador do Projeto Exoss, os meteoros das Orionídeas são extremamente rápidos, podendo alcançar 66 km/s, e costumam deixar trilhas luminosas prolongadas no céu. “Mesmo no Sul do país, onde o radiante aparece mais baixo, o show é garantido”, afirmou o pesquisador.

O nome Orionídeas vem da constelação de Órion, próxima à estrela Betelgeuse, ponto de onde os meteoros parecem surgir. A formação é uma das mais reconhecidas do céu noturno, marcada pelas estrelas conhecidas como Três Marias. Apesar disso, os meteoros podem ser vistos em qualquer direção.

Pico na Lua Nova

O pico da Orionídeas coincide com a Lua Nova, o que favorece a observação por conta do céu escuro. Com tempo firme, é possível visualizar de 15 a 20 meteoros por hora. A Nasa recomenda que o observador procure locais escuros e afastados das cidades, apague as luzes ao redor e espere cerca de 30 minutos para que os olhos se adaptem à escuridão.

As chuvas de meteoros ocorrem quando o planeta cruza faixas de detritos deixadas por cometas. Ao entrar na atmosfera terrestre, essas partículas se incendeiam devido ao atrito, criando o rastro luminoso. No caso das Orionídeas, os fragmentos vêm do cometa Halley, que passa próximo à Terra a cada 75 a 76 anos.

O Observatório Nacional destaca que a observação das chuvas de meteoros tem também valor científico, pois permite estimar a densidade de partículas no espaço e proteger satélites e naves de possíveis impactos.

O cometa Halley, descoberto em 1705 pelo astrônomo Edmond Halley, foi visto pela última vez da Terra em 1986. Ele tem dimensões aproximadas de 16 × 8 × 8 quilômetros e reflete apenas 3 % da luz solar, o que o torna um dos corpos mais escuros do Sistema Solar.

Seu negócio no Agora RS!

Fale com nosso time comercial e descubra como veicular campanhas de alto impacto, personalizadas para o seu público.