Levantamento divulgado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) apontou que Porto Alegre teve a segunda cesta básica mais cara do Brasil entre maio e junho entre as capitais, com R$ 773,56. A capital gaúcha ficou atrás somente de São Paulo, que registrou R$ 783,05.
O Departamento destacou no caso de Porto Alegre o aumento de 28,46% no preço do quilo da batata, que ficou atrás apenas de Campo Grande (36,89%) e Florianópolis (33,06%). Entre os itens que apresentaram queda na Capital gaúcha está o preço do óleo de soja, com -3,18%.
Mesmo com os valores, em relação ao mês anterior, a cesta básica da capital gaúcha apresentou variação negativa de -1,02%. Diminuição que foi tendência no país, onde foi registrada queda no valor dos itens da cesta em 10 das 17 capitais onde o Dieese realiza a pesquisa.
Entre maio e junho de 2023, as quedas mais importantes ocorreram em Goiânia (-5,04%), Brasília (-2,29%) e Vitória (-2,08%). As altas foram observadas em Recife (5,79%), Natal (5,00%), João Pessoa (4,12%), Aracaju (2,41%), Campo Grande (0,84%), Florianópolis (0,84%) e Salvador (0,26%).
Cesta x salário
Com base no valor da cesta mais cara, que, em junho, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.
Em junho de 2023, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido 2 de R$ 6.578,41 ou 4,98 vezes o mínimo de R$ 1.320,00. Em maio, o valor necessário era de R$ 6.652,09 e correspondeu a 5,04 vezes o piso mínimo. Em junho de 2022, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.527,67 ou 5,39 vezes o valor vigente na época, que era R$ 1.212,00.