Bolton vê "sinais de esperança" na América Latina com Bolsonaro

O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, mostrou-se otimista hoje (4) diante dos "sinais de esperança" que vêm da América Latina, especialmente com a "enorme mudança" que representa a eleição de Jair Bolsonaro no Brasil, frente à...

O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, mostrou-se otimista hoje (4) diante dos “sinais de esperança” que vêm da América Latina, especialmente com a “enorme mudança” que representa a eleição de Jair Bolsonaro no Brasil, frente à “troika da tirania”, composta por Cuba, Venezuela e Nicarágua. Bolton qualificou de “oportunidade histórica” a vitória de Bolsonaro no Brasil.

“Há muitos sinais de esperança na América Latina atualmente”, ressaltou Bolton em uma conferência organizada pelo jornal financeiro Wall Street Journal em um hotel de Washington. Ele mencionou também os governos de Mauricio Macri, na Argentina, e Iván Duque, na Colômbia.

“A chegada de Bolsonaro é uma enorme mudança em relação ao passado”, acrescentou Bolton sobre o presidente eleito, com quem se reuniu no Rio de Janeiro, no último dia 29.

Bolton mostrou-se otimista com “as perspectivas quanto a relações mais reforçadas com esses países fundamentais em formas não vistas desde o colapso da União Soviética”. Por outro lado, contrastou este panorama regional positivo com os “problemas” de Cuba, Nicarágua e Venezuela, países que batizou como “a troika da tirania”.

“Temos que enfrentar esses regimes e libertar seus povos. Acredito que em todo o continente, não é só um projeto dos Estados Unidos, cada vez mais é um projeto de todos os países democráticos da região”, afirmou.

O governo dos Estados Unidos impôs várias rodadas de sanções econômicas aos governos de Nicolás Maduro, na Venezuela, e Daniel Ortega, na Nicarágua, e interrompeu a abertura para Cuba, impulsionada pelo antecessor de Trump, Barack Obama.

No último fim de semana, Trump fez sua primeira viagem à América Latina desde que chegou à Casa Branca, em janeiro de 2017, para participar da Cúpula do G20, em Buenos Aires, mas mostrou até agora pouco interesse na região, além do vizinho México, e suas críticas a Cuba e à Venezuela.