Um ataque com mísseis realizado pela Rússia neste domingo (13) matou ao menos 30 pessoas na cidade de Sumy, no nordeste da Ucrânia. A ofensiva ocorreu durante a manhã e atingiu uma área central do município, de acordo com autoridades locais.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky condenou o bombardeio, ocorrido no Domingo de Ramos, data religiosa celebrada por cristãos ortodoxos. “Mísseis inimigos atingiram uma rua comum da cidade, a vida cotidiana: casas, instituições de ensino e carros. Isso aconteceu em um dia em que as pessoas vão à igreja. Só uma escória imunda pode agir assim, tirando a vida de pessoas comuns”, disse Zelensky em pronunciamento.
Segundo o líder ucraniano, a Rússia tem como objetivo “prolongar o conflito” e promover o “terror contra civis”. Ele cobrou uma “forte resposta global” diante do ocorrido.
Uso de munição de fragmentação
O chefe da administração regional de Sumy, Volodymyr Artyukh, afirmou que o míssil usado pela Rússia estava equipado com munição de fragmentação — um tipo de armamento que dispersa pequenas bombas sobre uma área ampla, aumentando o potencial destrutivo e o número de vítimas civis.
Vídeos divulgados nas redes oficiais da presidência ucraniana mostram imagens da destruição, com carros carbonizados e corpos espalhados pelas ruas atingidas.
A embaixadora da União Europeia em Kiev, Katarina Mathernova, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa, também criticaram a ofensiva. Costa disse estar “indignado” com o ataque que, segundo ele, mostra que “esta guerra continua apenas porque a Rússia assim o decidiu”.