Um tiroteio nesta sexta-feira (22) na casa de shows Crocus City Hall em Krasnogorsk, na Rússia, deixou ao menos 40 mortos. Outras 100 pessoas teriam ficado feridos, de acordo com o FSB (Serviço Federal de Segurança da Rússia). A cidade um subúrbio a noroeste de Moscou.
Conforme a mídia russa, uma apresentação da banda de rock “Piknik” estava prestes a começar. Segundo relatos pelo menos quatro pessoas vestidas com uniformes camuflados atiraram contra as pessoas que estavam no local.
Um incêndio teve início após uma explosão. O prédio foi evacuado. Porém, não se sabe se todas as pessoas chegaram a sair a tempo. Mais de 50 ambulâncias estão no local, segundo o Ministério da Saúde russo. Equipes de segurança também estão no prédio.
Um vídeo mostra quatro criminosos avançando e atirando contra pessoas. Outra gravação mostra pessoas correndo pelos corredores da casa de show em meio aos corpos das vítimas.
O Crocus City Hall é um espaço com shopping, restaurantes e casa de shows em um mesmo espaço. A mídia russa relata que cerca de 6.200 pessoas estavam no local no momento do ataque, considerando o número total de ingressos vendidos.
Este está sendo considerado o pior ataque na Rússia em ao menos 20 anos. Até a última atualização desta reportagem, nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque.
Ucrânia “não tem nada a ver” com ataque, diz assessor de Zelensky
Um assessor do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky distanciou o seu país do ataque perto de Moscou. Num post no Telegram, Mykhailo Podolyak disse “sejamos claros, a Ucrânia não tem absolutamente nada a ver com estes acontecimentos”.
A Ucrânia e a Rússia estão em guerra há dois anos, depois de as forças russas terem invadido a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.
Embaixada dos EUA emitiu alerta de segurança há duas semanas
Há pouco mais de duas semanas, em 7 de março, a embaixada dos Estados Unidos em Moscou emitiu um alerta de segurança. Conforme o alerta, haviam relatos de que “extremistas têm planos iminentes de atingir grandes concentrações, inclusive shows”.
Na ocasião, os cidadãos norte-americanos foram aconselhados a “evitar grandes aglomerações nas próximas 48 horas”.