
A União Europeia decidiu adiar para janeiro a assinatura do acordo de livre comércio com o Mercosul. A mudança altera o cronograma do pacto, que estava previsto para ser formalizado neste sábado (20), durante a cúpula do bloco sul-americano em Foz do Iguaçu, no Paraná.
A decisão foi confirmada nesta quinta-feira (18) pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, durante reunião dos chefes de Estado e de governo da União Europeia, em Bruxelas. Fontes diplomáticas relataram que o adiamento foi comunicado diretamente aos líderes presentes.
O encontro ocorreu na Bélgica e teve como pano de fundo protestos de agricultores europeus, que bloquearam vias da capital com tratores. O acordo com o Mercosul esteve entre os principais temas da agenda.
A aprovação do tratado comercial no bloco europeu depende de maioria qualificada no Conselho Europeu. São necessários votos favoráveis de ao menos 15 dos 27 Estados-membros, que representem pelo menos 65% da população da UE. Avaliações internas indicam que esse critério pode ser alcançado caso a Itália dê aval ao texto.
Além do acordo com o Mercosul, os líderes europeus discutiram outros temas sensíveis, como a situação no Oriente Médio e o uso de ativos russos congelados para apoio financeiro à Ucrânia. Negociações técnicas paralelas trataram de um possível empréstimo baseado em recursos da Rússia imobilizados.
Segundo fontes envolvidas nas tratativas, houve avanços na discussão de um mecanismo de garantias exigido pela Bélgica para viabilizar o empréstimo. A Comissão Europeia também analisa uma alternativa que prevê financiamento por meio de dívida comum, considerada um plano de contingência caso não haja consenso imediato.
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