O presidente da Argentina, Alberto Fernández, decidiu reorganizar a área econômica de seu governo e nomeou o atual líder da Câmara dos Deputados, Sérgio Massa, como “superministro” da Economia.
A medida foi tomada diante das muitas dificuldades econômicas do país e pouco mais de um ano após as cruciais eleições legislativas. Ontem, inclusive, milhares de argentinos foram às ruas para protestar contra a crise na nação, cuja inflação anual está em 64%.
Com a reforma, o novo ministério unirá as seguintes pastas: Economia; Desenvolvimento produtivo e agricultura; Gado e pesca; e Relações com órgãos internacionais e de crédito.
A reestruturação gerou surpresa no país, especialmente porque esta é a terceira troca na liderança da pasta. Nos últimos 23 dias, o Ministério da Economia passou de Martín Guzmán para Silvina Batakis, que foi escolhida por Fernández para comandar o Banco Nación.
Agora, o presidente argentino convocou Massa, líder de um dos partidos integrantes da coalizão de governo de centro-esquerda Frente de Todos, para o cargo de “superministro”.
O nascimento do superministério da Economia obviamente não foi indolor, porque outros dois ministros, além de Batakis, perderam seus cargos: o da Agricultura, Julián Domínguez, e o do Desenvolvimento Produtivo, Daniel Scioli, que voltará a desempenhar seu cargo de embaixador no Brasil.
Outra saída importante do governo foi a de um fiel assessor do chefe de Estado, Gustavo Béliz, substituído na secretaria de assuntos estratégicos da Casa Rosada por Mercedes Marcó del Pont.
Durante sua trajetória política, Massa foi ministro de Néstor e de Cristina Kirchner, mas durante o segundo governo de Cristina ele foi para a oposição. Na ocasião, criou um próprio partido, a Frente Renovadora.
Já em 2015, Massa concorreu à presidência, mas foi derrotado por Maurício Macri. Em 2019, aliou-se a Fernández, para se tornar o presidente da Câmara dos Deputados.