O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou nesta quarta-feira (13) a Rússia de levar mais de 500 mil ucranianos de maneira forçada para o território do seu país. A fala foi feita pelo mandatário durante seu discurso ao Parlamento da Estônia e foi reportada pelo portal Ukrinform.
Conforme o mandatário, os russos confiscam todos os documentos ucranianos dos civis, celulares e outros objetos pessoais e os enviam para regiões remotas da nação. Além disso, estariam separando as crianças dos pais para fazer com que elas sejam adotadas por famílias russas de maneira ilegal.
Desde o início da guerra, autoridades ucranianas denunciam que civis são forçados pelas tropas russas a irem para o país vizinho como forma de fugir da guerra. Lá, eles seriam enviados para cidades “economicamente decadentes” e não poderão voltar a sua cidade natal por cerca de dois anos.
Os russos não confirmam nem desmentem as informações.
Oficialmente, segundo os dados de um portal criado pelas Nações Unidas para compilar as informações dos refugiados do conflito, mais de 433 mil ucranianos fugiram para a Rússia.
Ainda durante o discurso, Zelensky alertou a Europa de que é preciso parar com os ataques de Moscou. “Podemos parar a Rússia ou perder a Europa Oriental inteira. Se a Europa perder tempo, a Rússia irá expandir a zona de guerra para outros países”, acrescentou.
A guerra foi iniciada pelo Kremlin em 24 de fevereiro e, até o momento, não há perspectivas para o fim do conflito.