AGRICULTURA

RS deve ter aumento de 34,5% na colheita de grãos em relação à safra passada

A colheita da soja teve aumento de 51% em relação ao ano passado e é responsável por mais da metade total colhido

Terceiro estado que mais produz grãos no país, o Rio Grande do Sul deve colher 37,1 milhões de toneladas na safra 2023/2024, o que corresponde a 12,4% do volume nacional. Isso significa um aumento de 34,5% em relação à safra 2022/2023, que ficou em 27,58 milhões de toneladas. Os dados constam no 10º levantamento de grãos, divulgado nesta quinta-feira (11) pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

Já a área plantada no território gaúcho soma 10,4 milhões de hectares. O número revela uma elevação de 1,1%.

“Mesmo com as adversidades climáticas enfrentadas pelos agricultores, todas as principais culturas do estado têm estimativas de aumento de produção, quando comparadas com o ciclo anterior”, disse a Conab em comunicado.

Assim, deste total, a soja será responsável por 19,65 milhões de toneladas, uma das maiores safras da história do Rio Grande do Sul. O dado indica uma alta de 51% para uma área total de 6,76 milhões de hectares.

A Conab estima, ainda, aumento de 30% na produção de milho, com previsão de 4,85 milhões de toneladas. De 44,5% na de trigo, com 4,19 milhões de toneladas. De 3,3% na de arroz, com 7,16 milhões de toneladas. E 1,4% na de feijão, com 71,7 mil toneladas. Em relação às áreas, o milho ocupa 814,9 mil hectares, o trigo 1,34 milhão de hectares, o arroz 900,6 mil hectares e o feijão 48,5 mil hectares.

Brasil

O volume da produção brasileira de grãos deverá atingir 299,27 milhões de toneladas na safra 2023/2024. O montante representa um decréscimo de 6,4% ou 20,54 milhões de toneladas a menos em relação ao ciclo anterior. Contudo, ainda posiciona esta safra como a segunda maior já colhida no país.

De acordo com a estimativa, a pesquisa de campo, realizada no final de junho, indica uma variação positiva de 0,6% ou 1,72 milhão de toneladas em relação à pesquisa do mês anterior. O motivo foi o avanço da colheita das principais culturas, indicando recuperação na produção, sobretudo no milho segunda safra, gergelim e arroz. Por outro lado, houve redução no milho primeira safra, feijão, trigo, algodão e soja.

A quebra observada em relação ao ciclo passado, de acordo com o levantamento, deve-se sobretudo à intensidade do fenômeno El Niño. Nesta safra, ele teve influência negativa no comportamento climático desde o início do plantio, chegando inclusive às fases de reprodução das lavouras de primeira safra plantadas até o final de outubro, nas principais regiões produtoras do país.