Foi divulgado, pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, um informativo a respeito dos casos de raiva herbívora. O Estado contabilizou 109 casos de raiva herbívora em 2022. Os casos foram registrados em 37 municípios gaúchos.
O número de casos foi maior que o registrado em 2021, quando 48 focos foram identificados em 21 municípios. Em 2022, 99 bovinos, nove equinos e um ovino tiveram laudos positivos para raiva herbívora.
“A estiagem do ano passado teve um papel importante nesse crescimento, pois provocou estresse nas colônias de morcegos, o que aumenta as agressões ao rebanho. Este ano, de novo, temos seca, então é preciso vacinar o rebanho para não haver prejuízos nos próximos meses”, explica o analista ambiental do Programa de Controle de Raiva Herbívora, André Witt.
A maioria dos casos de raiva herbívora foi registrada nos meses de junho, julho e agosto. “O número de focos no período de outono e inverno sempre é maior. É por isso que recomendamos a vacinação dos animais agora no verão, para que a vacina possa ter tempo de fazer efeito e produzir anticorpos”, destaca Witt.
O que causa a raiva herbívora?
A principal forma de transmissão da raiva para herbívoros se dá pela mordedura do morcego hematófago Desmodus rotundus. Alguns de seus esconderijos habituais são troncos ocos de árvores, cavernas, fendas de rochas, furnas, túneis e casas abandonadas, entre outros.
A orientação aos produtores rurais é de que, ao localizarem novos refúgios de morcegos vampiros, não tentem capturá-los por conta própria e comuniquem imediatamente a localização dos esconderijos à Inspetoria ou ao Escritório de Defesa Agropecuária.
A captura dos animais é realizada somente pelos Núcleos de Controle da Raiva do Estado, com agentes devidamente capacitados e vacinados contra a raiva. As equipes são acionadas pelas regionais da Seapi sempre que houver laudo positivo para raiva em herbívoro ou se forem constatados altos índices de mordedura em animais de produção em determinada região.