Investigação

MAPA investiga caso suspeito de mal da vaca louca

A suspeita ocorre num animal idoso em idade avançada que morreu num pasto no Pará.

O MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária) investiga um caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina no Brasil. A doença é conhecida como “mal da vaca louca”.

“Acerca do caso suspeito de Encefalopatia Espongiforme Bovina [Mal da ‘vaca louca’], todas as medidas estão sendo adotadas pelos governos. A suspeita já foi submetida a análise laboratorial para a confirmação ou não e, a partir do resultado, serão aplicadas imediatamente as ações cabíveis”, limitou-se o comunicado do ministério.

A pasta não informou o local onde o caso foi registrado. No entanto, segundo a Agência Brasil, a suspeita ocorre num animal idoso em idade avançada que morreu num pasto no Pará.

A morte em pasto aumenta as chances de que o suposto caso de vaca louca tenha se originado de forma “atípica”, espontaneamente na natureza, em vez de ser transmitido pela ingestão de ração animal contaminada. Isso, em tese, reduz as chances de imposições de barreiras comerciais.

Os últimos casos de vaca louca registrados no Brasil ocorreram em 2021, em Minas Gerais e no Mato Grosso. Na ocasião, os casos também foram atípicos, mas a China, maior comprador de carne do Brasil, suspendeu a compra de carne bovina brasileira por três meses, de setembro a dezembro daquele ano.

O que provoca o “mal da vaca louca”

Causado por um príon, uma molécula de proteína sem código genético, o “mal da vaca louca” é uma doença degenerativa. As proteínas modificadas consomem o cérebro do animal, tornando-o comparável a uma esponja, o que causa desorientação no bovino infectado.

Além de bois e vacas, a doença acomete búfalos, ovelhas e cabras. A ingestão de carne e de subprodutos dos animais contaminados com os príons provoca, nos seres humanos, a encefalopatia espongiforme transmissível.

Entre 1996 e 1997, houve um surto de casos de “mal da vaca louca” em humanos na Grã-Bretanha, que provocou a suspensão do consumo de carne bovina no país por vários meses. Na ocasião, a doença foi transmitida aos seres humanos por meio de bois alimentados com ração animal contaminada.