
Desde o último sábado (17), 459 propriedades já foram vistoriadas pelas autoridades sanitárias no entorno do foco confirmado de gripe aviária em Montenegro, no Vale do Caí. A área, que compreende um raio de até dez quilômetros, representa o epicentro da primeira detecção da IAAP (Influenza Aviária de Alta Patogenicidade) em sistema comercial no Brasil.
Conforme a Seapi (Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul), esse número representa 84% do total de propriedades rurais que precisam ser inspecionadas. Na segunda-feira (19), nove equipes do DDA (Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal) estiveram a campo. As visitas seguem nesta terça-feira (20), com foco especial nas propriedades que mantêm aves.
Além das visitas, sete barreiras sanitárias já estão instaladas e funcionam 24 horas por dia. A área de foco, que compreende um raio de três quilômetros, conta com três pontos de bloqueio e barreiras. Outras quatro barreiras foram instaladas na área de vigilância, que vai até dez quilômetros da granja onde houve o diagnóstico positivo.
O Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) também confirmou nesta segunda-feira (20) o resultado negativo de uma segunda suspeita que estava em análise no laboratório oficial em Campinas (SP).
Apesar do impacto nas exportações, as autoridades reiteram que a gripe aviária não é transmitida por meio do consumo de carne ou ovos. O consumo de produtos de origem aviária permanece seguro para a população, desde que inspecionados e armazenados corretamente.
A Seapi reforça que qualquer sinal de suspeita da doença – como sintomas respiratórios ou neurológicos, ou mortalidade súbita de aves – deve ser imediatamente reportado às Inspetorias Veterinárias ou pelo WhatsApp (51) 98445-2033.