DOENÇA DE NEWCASTLE

Estado começa plano de ação para conter foco de doença aviária

O plano de ação prevê visitas a granjas comerciais e também a propriedades com criações de subsistência

Diretores atenderam a imprensa na Seapi nesta quinta-feira (18) - Foto: Julia Chagas/Ascom Seapi
Diretores atenderam a imprensa na Seapi nesta quinta-feira (18) - Foto: Julia Chagas/Ascom Seapi

A Seapi (Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação) coloca em movimento o plano de ação para contenção de um foco de doença de Newcastle, em uma granja comercial de Anta Gorda. A confirmação do caso deste vírus aviário altamente contagioso veio ontem (17). Já a validação do planejamento junto ao Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) ocorreu nesta quinta-feira (18).

O plano de ação prevê visitas a granjas comerciais e também a propriedades com criações de subsistência. No raio de três quilômetros, são 75 propriedades no total. “Considerando o raio de dez quilômetros, somam-se a elas mais 801 propriedades a visitar”, contabiliza o diretor adjunto de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapi, Francisco Lopes. . 

Além disso, a Secretaria deve colocar barreiras de desinfecção e bloqueio, e barreiras de desvio no raio de três quilômetros. “Para evitar tanto a entrada quanto a saída de aves, camas de aviário, esterco e outros produtos que possam carrear o vírus”, explica o diretor adjunto. As barreiras, que vão funcionar ininterruptamente, terão o apoio de segurança da Brigada Militar.

Assim, a operação mobilizará um contingente de mais de 70 servidores da Seapi. “Em função das barreiras, vamos precisar fazer troca de escalas, teremos quatro equipes por barreira”, conta Francisco. Se não houver novos casos, a previsão é que a operação de contenção do foco se encerre em duas semanas.

Trabalhos já haviam começado

Antes disso, segundo a Seapi, as equipes traçaram dois perímetros de vigilância, com raios de três e dez quilômetros a partir do foco. As ações de vigilância da secretaria ocorrem ocorreram antes mesmo da confirmação. “Vistoriamos as três granjas comerciais que estão atualmente alojando animais, dentro do raio de três quilômetros do foco”, destaca Francisco Lopes. 

“É importante ressaltar que a notificação veio do próprio produtor. O sistema avícola comercial do Rio Grande do Sul é altamente tecnificado, com uma relação forte e estreita com o Serviço Veterinário Oficial”, disse o diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Marcelo Mota.

Por fim, todas as suspeitas da doença, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves, precisa notificá-las imediatamente à Secretaria da Agricultura. O contato ocorre por meio da Inspetoria ou Escritório de Defesa Agropecuária, pelo sistema e-Sisbravet ou pelo WhatsApp (51) 98445-2033.