O Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) confirmou, nesta quinta-feira (15), o primeiro caso de IAAP (influenza aviária de alta patogenicidade) em aves comerciais no Brasil. A detecção ocorreu em um matrizeiro localizado no município de Montenegro, no Vale do Caí.
Essa é a primeira vez que o vírus é registrado em um sistema de avicultura comercial no país. O Brasil vinha mantendo os focos restritos a aves silvestres desde o início do monitoramento nacional, que ocorre há quase duas décadas. Como em 2023, no Litoral Sul do Estado; e, em 2024, no Vale do Rio Pardo.
Conforme o Mapa, não há risco no consumo de carne de frango ou de ovos. A doença não é transmitida por meio da ingestão de produtos de origem avícola devidamente inspecionados. O risco de infecção humana pelo vírus é considerado baixo e está geralmente associado a profissionais com contato direto com aves infectadas.
Medidas de contenção
O Ministério informou que já deu início às medidas de contenção e erradicação previstas no plano nacional de contingência. O objetivo é eliminar o foco, proteger o setor produtivo e garantir o abastecimento interno, mantendo a segurança alimentar da população.
Além disso, a ocorrência foi notificada oficialmente aos integrantes da cadeia produtiva, à OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal), aos Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente e aos parceiros comerciais do Brasil.
Desde o início dos anos 2000, o serviço veterinário brasileiro vem sendo capacitado para lidar com a doença. A vigilância permanente sobre aves silvestres e comerciais, somada ao monitoramento em pontos de entrada no país, ajudou a retardar por quase 20 anos a entrada da IAAP na avicultura comercial brasileira.