oleaginosa

Calendário da semeadura da soja será ampliado no Rio Grande do Sul

Proposta para implementar um sistema de regionalização para plantio foi aceita pelo Ministério da Agricultura.

Plantação de soja. Crédito Fernando Dias / Seapi

O MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária) aceitou alterar o calendário de semeadura da soja no Rio Grande do Sul. O plantio da oleaginosa havia sido reduzido em cerca de 40 dias por meio de resolução do ministério ficando restrita entre 1º de outubro e 8 de janeiro de 2024. No ano passado, a janela de semeadura ocorreu entre 15 de outubro e 28 de fevereiro, totalizando 140 dias.

O tema foi debatido durante a Expointer, onde federações, integrantes do governo e deputados criaram um documento sugerindo uma possível regionalização da semeadura.

“O Ministério entendeu a importância de se criar condições favoráveis para o desenvolvimento do milho e da soja nas mesmas áreas, a fim de proporcionar segurança na cadeia da produção agropecuária do Rio Grande do Sul, que é afetada fortemente pela safra do milho, além de fortalecer medidas fitossanitárias e o enfrentamento da ferrugem asiática no Estado”, garante o secretário da Agricultura, Giovani Feltes.

Conforme a Portaria SDA/Mapa nº 886, de 12 de setembro de 2023, o calendário de plantio de soja da safra 2023/2024 foi alterado, incluindo também os Estados do Paraná, Rondônia e Santa Catarina.

No Rio Grande do Sul ficaram definidas três regiões e prazos para o plantio: Região Sul-Sudeste, de 1º de outubro a 18 de janeiro de 2024, contemplando 110 dias; Região Norte-Nordeste, de 1º de outubro a 28 de janeiro de 2024, possibilitando 120 dias; e Região Campos de altitude, de 1º de outubro a 8 de janeiro de 2024, com 100 dias para semeadura.

Para o diretor do Departamento de Defesa Vegetal, Ricardo Felicetti, a alteração do calendário beneficia não só os produtores rurais como a economia do Estado. “Poderia haver uma redução de oferta e agravamento no abastecimento de milho, implicando em importações do grão de outros Estados e, por sua vez, impactaria nos custos de produção da cadeia da agropecuária do Rio Grande do Sul, com reflexos na sua competitividade”, afirma, lembrando que o aumento do prazo minimiza esses efeitos na cadeia produtiva.