A Trensurb informa que irá retomar a operação do metrô de forma emergencial a partir desta quinta-feira (30). Os trens farão, das 8h às 18h, diariamente, o trecho entre as estações Mathias Velho e Novo Hamburgo, com intervalos de 35 minutos entre as viagens.
A empresa chama a operação de ‘Trilhos Humanitários’, que pretende aliviar a pressão no sistema de circulação e mobilidade da Região Metropolitana. A ação emergencial não terá cobrança de passagem. Isso também porque as enchentes afetaram os sistemas de bilhetagem da Trensurb, que seguem inoperantes. A expectativa é que a reativação ocorra em até 30 dias.
A partir de amanhã, dois trens circularão no trecho Mathias Velho – Unisinos por ambos os lados da ferrovia. Além disso, um único trem fará o trajeto de ida e volta, em via única, entre as estações Unisinos e Novo Hamburgo. Neste caso, será necessário o transbordo na Estação Unisinos para aqueles que forem seguir viagem.
Isso ocorrerá pois a empresa teve de recolher os trens para a via, no trecho elevado entre São Leopoldo e Novo Hamburgo. A medida visou preservá-los do alagamento do pátio da empresa, situado no bairro Humaitá, em Porto Alegre.
Essa retomada emergencial da operação será no trecho de Mathias Velho a Novo Hamburgo porque os trechos foram menos afetado pelas cheias. Nestes locais, os trens podem circular com segurança no momento, diz a Trensurb.
Estimativa e demais trabalhos
Ao todo, serão 13 estações atendidas em cinco municípios. São eles: Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo e Novo Hamburgo. O trajeto de 26 quilômetros tem capacidade para atender cerca de 30 mil passageiros por dia.
A Trensurb também entrou em contato com a Metroplan solicitando que tome as providências que julgar necessárias para atender os usuários que irão desembarcar e embarcar na Estação Mathias Velho. Além disso, o Governo do Estado garantiu uma operação especial de segurança pública nas estações.
Reparos
Das cinco subestações de energia da Trensurb, duas, em Canoas e Porto Alegre, seguem inoperantes devido ao alagamento. Elas precisam de avaliações e reparos, ainda sem previsão de execução.
Essas subestações recebem a energia das concessionárias e convertem para o uso na tração dos trens. A inoperância de algumas delas é um obstáculo importante para a retomada da operação com segurança em um trecho maior e com mais trens circulando.
A Trensurb relata que outra questão fundamental é a recuperação de trechos da via férrea também alagados por vários dias. Eles precisam de revitalização do lastro dos trilhos – formado sobretudo por brita e dormentes.
A expectativa é que, gradativamente, haja liberação de mais trechos e estações, assim que estes sejam recuperados e liberados. Contudo, ainda não há estimativa de prazo para isso, pois os danos ainda estão em processo de avaliação.
Até o momento, o governo federal enviou, através da Medida Provisória 1.218/2024, um valor inicial de R$ 164,3 milhões. A MP visa justamente garantir a retomada do funcionamento do metrô.