Rodoviários de empresas que atendem a Região Metropolitana fizeram uma paralisação na manhã desta segunda-feira (16). Os funcionários reivindicavam reajuste salarial, o qual, segundo o sindicato, deveria ter ocorrido em junho de 2024, data-base da categoria.
Estima-se que 100 mil pessoas tenham sido afetadas pelo ato. Tiveram dificuldades para se deslocar moradores de cidades como Viamão, Alvorada, Cachoeirinha, Eldorado do Sul, Canoas, Gravataí, Guaíba e Camaquã. Esta última faz parte do sindicato, mesmo não fazendo parte da Região Metropolitana.
Além disso, a paralisação causou filas no catamarã, em Guaíba. Isso porque este se tornou a alternativa para chegar em Porto Alegre.
Os trabalhadores anunciaram a retomada das atividades próximo das 8h. E a mobilização teve resultado. Havia uma reunião prevista para quinta-feira entre as empresas de ônibus do transporte metropolitano e os rodoviários. No entanto, após a paralisação, houve adiantamento da reunião para as 17h dessa segunda-feira (16). Ela ocorrerá no TRT (Tribunal Regional do Trabalho).
Reajuste e não subsídio
Conforme o o sindicato dos rodoviários, o reajuste convencionado na CCT é de 3,34%, que nada mais é do que a reposição dos 12 meses anteriores à data-base. Inclusive, o acordo previa pagamento retroativo quando houvesse a liberação do valor por parte do governo para o seguimento patronal.
A Metroplan veio a público dizer que o governo do Estado, desde a pandemia, tem pago o reajuste através de auxílios. A intenção é não repassar o aumento tarifário aos usuários do transporte. Além disso, após as enchentes, o governador Eduardo Leite decidiu não aumentar a tarifa por seis meses, criando um subsídio. Agora, após o ato de hoje, a Metroplan garantiu os pagamentos até o final do ano.