Representantes de caminhoneiros afirmaram, neste domingo (31), que vão paralisar suas atividades a partir desta segunda-feira (1º de novembro). As informações foram divulgadas através de vídeos publicados pelo WhatsApp. No entanto, ainda não há certeza se a paralisação vai, de fato, ocorrer e qual será sua amplitude na categoria.
Os líderes de associações e confederações de motoristas exigem a revogação da política de paridade de preços da Petrobras, cumprimento do piso mínimo do frete rodoviário e concessão de aposentadoria especial a partir de 25 anos de contribuição, entre outros itens.
Um dos vídeos publicados foi do presidente da Abrava (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores), Wallace Landim, mais conhecido como “Chorão”. No vídeo, ele pede que o governo federal tenha “sensibilidade” e mude a política de preços da companhia petrolífera estatal.
“Peço apoio de todos os nossos irmãos caminhoneiros. A partir de amanhã, vamos cruzar os braços”, afirmou.
Outro representante a convocar para a greve é o diretor da CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística) Carlos Alberto Litti. Ele afirma que o programa de paridade “tira dinheiro do povo brasileiro para dar para os ricos exploradores estrangeiros”. “Caminhoneiro, está na tua mão. Não rode, não vá para a estrada”, pediu.
O governo federal tentou desmobilizar a paralisação com a promessa de conceder auxílio diesel de R$ 400 para 750 mil caminhoneiros. A ação foi considerada uma “esmola” e foi muito mal recebida pela categoria dos caminhoneiros.
Governo faz ações para impedir bloqueios de caminhoneiros
Para impedir eventuais bloqueios de estradas por parte dos caminhoneiros, o governo federal entrou na Justiça, por meio da AGU (Advocacia-Geral da União). Ao todo, são 29 ações deferidas em favor do Governo Federal. De acordo com o Ministério da Infraestrutura, as decisões liberam o trânsito nos principais acessos e rodovias estratégicas do país.
Na região Sul do Brasil, liminares proíbem bloqueios nas rodovias federais de Santa Catarina, de parte do Paraná e das que interligam a Refinaria Alberto Pasqualini, em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre.