A Prefeitura de Porto Alegre publicou, nesta terça-feira (25), o edital de privatização da Companhia Carris Porto-Alegrense no DOPA (Diário Oficial do município). A concorrência pública, de âmbito internacional, terá proposta mínima de R$ 109 milhões.
O leilão está previsto para ocorrer no dia 2 de outubro. Serão vendidos à iniciativa privada as ações da empresa e bens, como ônibus e terrenos. Serão concedidos, para quem arrematar a Carris, a exploração das atuais 20 linhas de ônibus operadas pela empresa pelo prazo de 20 anos.
A expectativa é de que os contratos de venda das ações e de concessão dos serviços sejam assinados até o primeiro trimestre de 2024. A Prefeitura garante que a privatização não vai provocar alterações nas linhas de ônibus da Carris e nem no valor da passagem.
Para o prefeito Sebastião Melo (MDB) vender a Carris é a única solução para resolver as deficiências da companhia. “A desestatização da Carris é um compromisso assumido, que faz parte desse esforço maior de entregar uma mobilidade mais eficiente. Melhorar o sistema, manter a passagem sem aumento e ampliar a cobertura do serviço são prioridades”, diz.
A maior parte dos servidores que permanecem na Carris (cerca de 81%), terá estabilidade de 12 meses após a gestão privada assumir a companhia. A outra parcela está afastada dos serviços via Previdência Social.
Entre as razões apontadas pela administração Melo para a desestatização estão o alto custo de operação da companhia, que seria cerca de 20% maior do que o de outras operadoras de transporte coletivo na Capital. Outras justificativas são a necessidade frequente da aquisição de novos ônibus com ar-condicionado e, futuramente, veículos elétricos, o que o Paço Municipal diz não ter recursos para fazer.