Uma mediação do TRT4 (Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região), realizada neste sábado (6), fez avançar a negociação entre a Trensurb e os metroviários, representados pelo SindimetrôRS. A categoria anunciou, na sexta-feira (5), que iria paralisar as atividades do metrô por 24h na segunda-feira (8). A empresa entrou na Justiça por suposta abusividade da greve anunciada pela categoria.
O principal motivo para a paralisação das atividades seria o descumprimento de uma cláusula do acordo coletivo, relacionada ao pagamento de adicionais de risco e de periculosidade.
A audiência foi conduzida pelo vice-presidente do TRT-4, desembargador Ricardo Hofmeister de Almeida Martins Costa. O Ministério Público do Trabalho foi representado pela procuradora regional Aline Maria Homrich Schneider Conzatti. Durante a negociação, a mesa de mediação sugeriu que os trabalhadores suspendam a paralisação. O argumento é a possibilidade do Conselho de Administração da Trensurb rever a decisão administrativa.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e Conexas do Estado RS, Luís Henrique Chagas,avaliou positivamente a mediação. “Houve uma proposta para o avanço das negociações. O Sindimetrô vai reunir os metroviários para deliberar sobre a manutenção ou não da paralisação”, declarou.
O diretor de Administração e Finanças da Trensurb, Geraldo Luis Felipe, também elogiou a condução das negociações. “É importante essa tentativa de evitar a greve, que traria prejuízos para a sociedade. Avançamos para encontrar um meio termo entre as posições do sindicato e da Trensurb, focando no bem coletivo”.
A decisão sobre a realização da greve ou não ficou para assembleia marcada para este domingo, as 14h. Uma nova audiência de conciliação entre as partes foi agendada para segunda-feira (8), às 10h, na sede do TRT4, em Porto Alegre.
O que diz o SindimetrôRS
ASSEMBLEIA NESTE DOMINGO AVALIA PROPOSTA DO TRT
Neste sábado, 06, ocorreu uma reunião de mediação entre a direção da Trensurb e metroviários(as) no TRT. Uma proposta foi feita pelo Tribunal Regional do Trabalho e amanhã, a classe trabalhadora metroviária se reúne para apreciar a proposta de mediação. A assembleia geral extraordinária acontece às 14h no saguão da empresa.
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Só a força da classe trabalhadora unificada é capaz de pressionar a Trensurb. Historicamente, nenhum direito nos foi dado, mas conquistado com muita mobilização e pressão. Neste momento decisivo, sabemos da apreensão de aderir à greve.
UNIR PARA CONQUISTAR! FG: VEM PRA LUTA
Nossa greve é legal, uma decisão democrática prevista em lei. Estamos amparados e precisamos de todo apoio possível no momento! É nossa última alternativa após diversas outras formas de negociação e diálogo com a Trensurb e com o governo federal. O nosso futuro está em jogo. Nossos empregos e o serviço de qualidade que prestamos à sociedade gaúcha.
Uma das formas de desarticular é a tentativa de enfraquecer o movimento, nos separando e atacando. Nossa luta não é individual, e a decisão pela paralisação foi decidida por unanimidade em duas assembleias por mais de 200 trabalhadores(as). Precisamos de cada um e uma de nós metroviários(as) para vencermos!
O que diz a Trensurb
Por volta das 21h, a Trensurb se manifestou sobre a negociação por meio das redes sociais. Veja o posicionamento.
#TrensurbInforma: em reunião de mediação realizada neste sábado (6), no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, entre Trensurb e Sindimetrô-RS, ficou definido que a empresa se compromete a levar ao Conselho de Administração, na próxima reunião ordinária, a discussão sobre possibilidade de revisão da decisão administrativa que determina a compensação do adicional de risco de vida com o adicional de periculosidade, até o trânsito em julgado daquela ação. A Trensurb salienta que essa decisão cabe ao Conselho, sendo a empresa obrigada a cumprir qual seja ela.
O Sindimetrô-RS, por sua vez, compromete-se a realizar nova assembleia, neste domingo, para deliberar a respeito da possibilidade de suspender a paralisação marcada para a segunda-feira (8/5).
