O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), fez críticas aos rodoviários da Carris por causa do protesto que afeta a circulação de coletivos da empresa. Parte da frota da companhia foi impedida de deixar a garagem, na avenida Albion. Cerca de 40 veículos da empresa de ônibus, no entanto, estão circulando na cidade. Ônibus de consórcios que atendem as zonas leste, norte e sul estão atendendo as linhas.
“A greve da Carris é inoportuna e acontece justamente no momento em que a cidade busca retomar a normalidade. Ainda há muita gente desempregada e aqueles que possuem salário em dia, às custas do erário público, cruzam os braços. Já foi orientado o corte do ponto e do salário”, afirmou Melo, no Twitter.
Em seguida, continuou: “O serviço público pode ser prestado pelo público ou pelo parceiro privado sendo púbico. É o que nós vamos fazer com a Carris, cuja operação custa 21% mais cara do que qualquer km rodado do privado. Duas razões fazem com que a passagem de Porto Alegre seja uma das mais caras do país: o excessivo número de isenções e o alto custo da Carris. Portanto, desestatizá-la significa ter uma tarifa mais barata e um serviço mais eficiente”, concluiu.
Ainda em frente à garagem, os rodoviários da Carris aguardam por uma reunião com o Paço Municipal. O sindicato que representa motoristas, cobradores e outras categorias de funcionários, quer apresentar uma proposta para adiar a privatização da companhia de ônibus.
Melo não afirmou se vai receber o sindicato. Pela manhã, o prefeito tem agendas com o diretório municipal do partido Podemos, depois, reunião com a executiva estadual do MDB. Mais tarde, deve sancionar a lei que inclui o Dia da Visibilidade Bissexual no “Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização de Porto Alegre”. A legislação é de autoria da vereadora Daiana Santos.