Foi assinado, nesta terça-feira (20), o contrato de concessão da rodovia RSC-287, que liga os municípios de Tabaí, no Vale do Caí, e Santa Maria, na região Central. O evento ocorreu no Trevo Fritz e Frida, no acesso a Santa Cruz do Sul, cidade que será a sede da empresa Rota de Santa Maria, que é quem vai administrar a concessão para o Grupo Sacyr, vencedor da licitação.
A cerimônia de assinatura foi prestigiada pelo governador do Estado, Eduardo Leite, pela prefeita Helena Hermany, além de secretários estaduais e municipais, deputados, prefeitos, lideranças empresariais e imprensa. O Grupo Sacyr foi representado pelo diretor Latam e Norteamérica Sacyr Concessões, Leopoldo Jose Pellon Revuelta, pelo CEO Sacyr Brasil, Jesus David Viadero Canales, pelo diretor da Sacyr Concessões, Aquilino Espejo Martinez, pelo diretor da Concessionária Rota de Santa Maria, Renato Bortoletti, pelo diretor de Controle de Projetos e Suprimentos da Sacyr Brasil, Luis Manuel Carregosa, e pelo diretor de RH e ADM da Sacyr Brasil, Ricardo Cassanha.
Nos próximos 30 dias, o Grupo Sacyr vai começar a assumir as demandas do sistema rodoviário. Depois, vai assumir a operação das cancelas dos pedágios de Venâncio Aires e Candelária, até então geridos pela EGR (Empresa Gaúcha de Rodovias).
Após este período, a nova concessionária vai atuar em uma operação tapa buracos. Também está prevista uma intervenção de recapeamento da rodovia, bem como reforço na sinalização com placas e itens chamados de “olhos de gato”, que dividem as faixas da estrada. Após a conclusão desta etapa e aprovação do poder concedente do cumprimento dos parâmetros técnicos previstos no contrato, está prevista a cobrança do pedágio nas três praças adicionais, em Santa Maria, Paraíso do Sul e Tabaí.
Conforme o contrato de concessão, os primeiros pontos a serem duplicados serão os trechos considerados urbanos, junto aos acessos aos municípios cortados pela rodovia – começando por Tabaí, passando por Santa Cruz do Sul e demais municípios, até Santa Maria. O cronograma estabelece, ainda, que 65%, ou 133 quilômetros, devem estar duplicados até o nono ano de concessão, contemplando todo o trecho de Tabaí a Candelária, o mais movimentado de toda a RSC-287, com média de 10 mil veículos por dia. Toda a obra vai beneficiar diretamente 12 municípios.
Como será a concessão
O Consórcio Via Central, formado pela Sacyr Concessões e Participações do Brasil e pela espanhola Sacyr Concesiones, foi o vencedor do leilão realizado em 18 de dezembro de 2020. A tarifa de pedágio ofertada na ocasião foi de R$ 3,36, o que representou um deságio de 54% na comparação com a tarifa máxima do edital, de R$ 7,37.
O período de concessão é de 30 anos, com previsão de investimentos da ordem de R$ 2,7 bilhões, sendo R$ 1 bilhão já nos primeiros dez anos. No cronograma de obras, está a duplicação dos 204,5 quilômetros de extensão nos dois sentidos de fluxo da rodovia, entre Tabaí e Santa Maria, beneficiando diretamente 13 municípios gaúchos.
Para custear a duplicação e as melhorias de segurança viária ao longo da rodovia, estão previstas a instalação de mais três praças de pedágio (km 47, em Tabaí; km 168, em Paraíso do Sul; e km 214, em Santa Maria), além das duas já existentes (km 86, em Venâncio Aires; e km 131, em Candelária), até então administradas pela Empresa Gaúcha de Rodovias.
O Grupo Sacyr, de origem espanhola, possui tem mais de 30 anos de atuação e 40 mil colaboradores em todo o mundo. A Sacyr Concessões, acionista da Rota de Santa Maria, empresa que vai administrar a concessão da RSC 287, entre Tabaí e Santa Maria, no Rio Grande do Sul, tem larga experiência em concessões de rodovias na América Latina e na Europa. Além de obras e infraestrutura de aeroportos, hospitais e operações de água e saneamento, possui cerca de 4 mil quilômetros de rodovias. No Brasil, o grupo integra os projetos dos metrôs de São Paulo e Fortaleza e da duplicação da Ferrovia Norte-Sul.