Um terremoto de magnitude 8,8, considerado um dos mais fortes das últimas décadas, atingiu a península de Kamchatka, no extremo leste da Rússia, na noite de terça-feira (29). O tremor gerou um tsunami com ondas de até 5 metros que impactou o litoral russo e japonês.
O epicentro do tremor ocorreu no chamado Círculo de Fogo do Pacífico, região com intensa atividade sísmica. De acordo com o USGS (Serviço Geológico dos Estados Unidos), o abalo ocorreu a 125 quilômetros de Petropávlovsk-Kamtchatski, a uma profundidade de 19,3 km.
As autoridades russas e japonesas ativaram seus sistemas de alerta e evacuação. Países como Japão, Estados Unidos, Canadá, México, Colômbia, Indonésia e Filipinas também emitiram alertas de tsunami.
Cerca de 30 minutos após o primeiro tremor, um novo sismo de magnitude 6,9 ocorreu registrado nas proximidades. Ondas de tsunami foram observadas na costa do Japão, e cidades russas como Severo-Kurilsk, em Sakhalin, relataram inundações. O governo russo ordenou evacuações em áreas costeiras.
De acordo com o Kremlin, não há relatos de mortos. Houve registro de danos estruturais e ferimentos leves, incluindo o colapso parcial de um jardim de infância. A qualidade das construções e os sistemas de alerta eficazes são apontados como fatores que evitaram uma tragédia maior.
Efeitos nas Américas e Japão
Na Califórnia e em outros estados dos EUA, praias e portos acabaram fechados preventivamente. O Japão suspendeu trens em algumas regiões, e trabalhadores da usina de Fukushima foram retirados temporariamente. A Colômbia e o Equador também emitiram alertas de evacuação em áreas do Pacífico.
Imagens publicadas nas redes sociais mostram sirenes em ação no Japão e registros de agitação nas águas em cidades russas. Conforme as autoridades americanas, esse foi o tremor mais forte no mundo desde 2011, ano do desastre nuclear de Fukushima.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se pronunciou em rede social sobre o evento, pedindo que a população do Havaí siga as orientações oficiais. O processo de monitoramento do risco de novas ondas segue ativo pelas agências internacionais.