O Rio Grande do Sul registrou chuva preta, fenômeno que ocorre devido à mistura da fuligem das queimadas no centro da América do Sul, com as gotas de chuva. Conforme a Climatempo, a chuva preta é comum em áreas que sofrem incêndios, e ainda ocorrerá nos próximos dias principalmente no Sul e Sudeste do Brasil, onde a fumaça e as chuvas se encontram.
O fenômeno da chuva preta pode contaminar o solo, além de lagos, rios e outros recursos hídricos. E, ainda, piorar a qualidade do ar, causando problemas respiratórios.
Os registros da chuva preta se deram em cidades da região Sul, como Rio Grande e Pelotas. Estes locais ainda têm alerta de tempestade do Inmet em vigor. Além disso, a Climatempo reitera as condições para chuva no Oeste, na Campanha e no extremo sul do RS. Principalmente à tarde e à noite desta quarta-feira (11), se estendendo até a madrugada de quinta-feira (12). Já no norte e nordeste do RS a umidade diminui.
Em Porto Alegre pode haver um pico de calor com máxima prevista de 36 °C antes da entrada do vento frio. Além disso, a Capital, assim como outras cidades do País, sofre com a presença da fumaça das queimadas, registrando com isso o fenômeno do “sol alaranjado” (em cima na foto).
Nesta terça-feira (10), a prefeitura da Capital divulgou recomendações de cuidados para a população. As orientações são do Ministério da Saúde e estão disseminadas em todo o Brasil.
Cuidados preventivos
Crianças menores de cinco anos, idosos, pessoas asmáticas, diabéticas ou hipertensas e gestantes podem ter mais complicações, por isso merecem atenção especial.
Recomendações para toda a população:
- Se tiver sintomas respiratórios, busque atendimento médico o mais rápido possível;
- Beber mais água e líquidos para manter o aparelho respiratório úmido e mais protegido;
- Se possível, ficar menos tempo em ambiente aberto, durante o dia ou à noite;
- Manter portas e janelas fechadas, para diminuir a entrada da poluição externa no ambiente;
- Evitar atividades em ambiente aberto enquanto durar o período crítico de contaminação do ar pela fumaça.
Recomendações a pessoas com problemas cardíacos, respiratórios e imunológicos
- Manter ao alcance os medicamentos indicados pelo médico, para uso em crises agudas;
- Buscar imediatamente atendimento médico se apresentar sinais ou sintomas de piora das condições de saúde após exposição à fumaça;
- Consultar o médico sobre a necessidade de mudar o seu tratamento.
Brasil tomado pela fumaça
Até ontem (10), o Brasil havia registrado 5.132 focos de incêndio, concentrando 75.9% das áreas afetadas pelo fogo em toda a América do Sul. Os dados são do Programa Queimadas, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Ainda há focos na Bolívia e no Paraguai e grandes partes do Estado de São Paulo.
Ainda na terça-feira (10), o presidente Lula afirmou que a maioria dos incêndios têm caráter criminoso. “É gente que está tentando colocar fogo para destruir esse país”, afirmou Lula, destacando que 85% das propriedades afetadas no Pantanal são particulares.
Conforme a Climatempo, a fumaça continuará a se espalhar nos próximos dias. O avanço de uma frente fria na sexta-feira ajudará a limpar a atmosfera no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Contudo, redirecionará e concentrará a fumaça nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.
Mesmo assim, não há uma previsão concreta de melhora significativa na qualidade do ar, já que as queimadas devem continuar intensas.
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