O Rio Grande do Sul pode sofrer, nos próximos meses, os efeitos de La Niña.
De acordo com os modelos de previsão do International Research Institute for Climate and Society (Iri), utilizados pelo Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do estado (Copaaergs), a probabilidade de que as condições para o fenômeno climático iniciem durante a primavera de 2021 e permaneçam até o verão está acima de 70%.
O La Niña é um fenômeno climático oposto ao El Niño. A principal característica dele é o resfriamento da superfície das águas do Oceano Pacífico Equatorial.
O prognóstico climático para o mês de outubro indica redução da chuva e aumento da temperatura diurna, o que produz aumento da evapotranspiração, especialmente na segunda quinzena do mês.
Para o mês de novembro, os modelos também apontam para uma redução de chuva, com predomínio de noites mais frias e dias mais quentes, padrão característico de períodos muito secos.
Já para dezembro, são esperados padrões de chuva e temperaturas mais próximos da média climatológica. As previsões trimestrais do Copaaergs são obtidas por meio do Modelo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e do Centro de Pesquisas e Previsões Meteorológicas (CPMET) da UFPel.
O boletim do Conselho é elaborado a cada três meses por especialistas em Agrometeorologia de 14 entidades públicas estaduais e federais ligadas à agricultura ou ao clima.