Às 0h de hoje (22), o nível Guaíba chegou a 3,99 metros. Esta é primeira vez desde 3 de maio que a água fica abaixo dos 4 metros. Na atualização das 9h, o nível já estava em 3,90 metros. A medição é feita através de um sensor instalado próximo da Usina do Gasômetro pela Sema-RS (Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura), em parceria com o SGB (serviço Geológico do Brasil) e a ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico).
O Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) publicou, em boletim ainda na terça-feira (21), que o nível da água poderia chegar a estes patamares já nesta quarta-feira. Ainda assim, os cenários de previsão indicam cheia duradoura, com redução lenta dos níveis.
Além disso, pode ocorrer represamento do Guaíba pelo vento sul forte previsto para sexta-feira. Com isso, pode haver nova elevação para perto dos 4 metros. Também haverá chuvas durante a semana, que poderão contribuir com elevação dos níveis e prolongar a cheia acima de 3 metros junho adentro.
Após o repique da semana passada, os rios afluentes ao Guaíba apresentam redução dos níveis. Os baixos Taquari e Cai já se encontram em recessão em níveis moderados, enquanto Sinos e Jacuí se encontram elevados com redução lenta.
As chuvas
Ademais, a previsão dos pesquisadores da UFRGS apontam elevados volumes de chuva ao longo da semana. Os primeiros alertas do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) já indicavam início da chuva para ontem (21).
Conforme a UFRGS, estas instabilidades se deslocam para o Centro e Norte do Estado na quinta-feira (23). Os acumulados nos próximos 5 dias podem chegar a 150 mm, principalmente na região sul, mas também em partes da bacia do Guaíba. Neste momento, o Vento sopra de nordeste/norte, mas irá virar para vento Sul forte de até 60 km/h, persistindo moderado até segunda-feira.
Orientações
Considerando a elevada duração prevista e possibilidade de novas elevações, recomenda-se atenção a possibilidade de retorno das águas em regiões recentemente drenadas; atenção especial a população afetada; e ações imediatas para manutenção das infraestruturas e serviços essenciais como o saneamento básico.