Ao menos 70 pessoas morreram em função de chuvas torrenciais e inundações na Espanha. A região mais afetada é a província de Valência. Mas houve inundações nas comunidades autônomas de Castilla-La Mancha e Andaluzia.
Conforme o último balanço das autoridades espanholas, divulgado pela RTVE (Rádio e Televisão Espanhola), o número de mortes chegou a 70. Quase a totalidade – 68 mortes – ocorreram na província de Valência. Duas pessoas morreram em Castilla-La Mancha.
As buscas por desaparecidos continuam. As autoridades afirmaram não ser possível estimar o número de pessoas não encontradas.
O desastre foi causado por um fenômeno conhecido como DANA (Depressão Isolada em Níveis Altos), que acontece quando uma massa de ar gelado cai sobre outra, de ar quente, produzindo chuvas intensas.
“Nós estávamos presos como ratos. Carros e contêineres de lixo foram arrastados pela correnteza ao longo das ruas”, disse Ricardo Gabaldón, prefeito de Utiel, cidade vizinha a Valência. “A água subiu até três metros”, acrescentou.
As chuvas também deixaram cerca de 155 mil pessoas sem energia elétrica, enquanto as viagens ferroviárias entre a capital Madri e Valência foram interrompidas por causa dos danos nas linhas de trem. Já o Congresso Nacional da Espanha suspendeu as sessões desta quarta-feira (30).
Em publicação no X, o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, expressou solidariedade às famílias das vítimas das inundações. “Pela estima e pelo respeito que tenho por ele, estou ao lado do rei Filipe VI, símbolo da unidade nacional neste momento de dificuldade”, ressaltou o chanceler.
O governo da Espanha decretou três dias de luto nacional após as inundações que atingiram o país, sobretudo a província de Valência.