O nível do Guaíba tem se mantido estável, apresentado até leve redução, neste sábado (11), em Porto Alegre. No Cais Mauá, que é o ponto de medição oficial da cidade, o leito está ainda cerca de 1,4 metro acima do normal. E, mesmo com a água dentro de casa, os moradores das Ilhas do Guaíba enfrentam a cheia, temendo perderem tudo se deixarem os locais.
Durante a manhã deste sábado, o nível chegou a 2,61 metros trazendo apreensão com a possibilidade de que a água subisse ainda mais. No entanto, houve retração. Medição da SEMA (Secretaria Estadual do Meio Ambiente) mostra que as 17h, o nível era de 2,57 metros.
Pouco mais de dois quilômetros distantes do Cais Mauá, moradores das Ilhas das Flores, dos Marinheiros, do Pavão e da Pintada enfrentam a cheia como podem. A maioria dos moradores têm pouco e teme, se deixar o local, perder o que lutou para conquistar. O medo não é por saques, mas que a água inclemente que passa pelo Delta do Jacuí danifique as casas, impedindo a retirada dos móveis e pertences. Moradores também reclamam da falta de assistência do poder público para a região.
Conforme a FASC (Fundação de Assistência Social e Cidadania de Porto Alegre), foram entregues 150 cobertores e seis sacolas de roupas para 75 famílias da Ilha do Pavão. Apenas uma família da Ilha dos Marinheiros foi socorrida pelos Bombeiros. Três pessoas estão alojadas na casa de parentes.
Até a tarde deste sábado, nenhuma família foi levada para o abrigo montado na Escola Estadual Alvarenga Peixoto. O estabelecimento de ensino passará por serviço de desinfecção com a pulverização de quaternário de amônia e biguanida.