O Guaíba atingiu, na noite desta quinta-feira (2), o maior patamar desde a grande cheia de 1941. A água atingiu 3,50 metros no Cais Mauá na leitura das 20h15. Às 23h15, o nível atingiu os 3,69 metros.
Para efeito de comparação, na meia-noite de quarta-feira (1º), a régua marcava 1,60 metro. Vinte e quatro horas depois, o índice registrava 2,34 metros. Ao meio-dia desta quinta-feira, 2,95 metros e, as 18h, 3,36 metros, de acordo com a Rede Hidrometeorológica do Brasil.
Em novembro do ano passado, a altura d’água no local atingiu 3,46 metros. É a segunda maior cheia desde a fundação da Freguesia de São Francisco do Porto dos Casais, em 26 de março de 1772.
Conforme os dados históricos, a maior cheia a atingir Porto Alegre teve 4,75 metros, em 1941. O segundo maior registro era de 1873, onde se estima que o Guaíba tenha atingido os mesmos 3,50 metros que haviam sido registrados hoje.
No entanto, o nível deve continuar subindo nesta sexta-feira (3). As projeções mais recentes da Defesa Civil do Estado apontam que a cheia deve superar até a de 1941.
Como medida de segurança, as oito comportas funcionais do Cais Mauá estão fechadas. As de número 1 e 2, localizadas entre o Gasômetro e Cais Embarcadero, foram as últimas a serem lacradas, por volta das 18h da noite. O Exército auxiliou a Prefeitura na colocação de sacos de areia para reforço da proteção.
Desabrigados
Mais de 100 pessoas estão fora de casa em razão da grande cheia de 2024. Conforme a Fasc (Fundação de Assistência Social e Cidadania), são 106 pessoas acolhidas nas três estruturas montadas pelo órgão.
Destas, 47 permanecem no Centro Social Padre Leonardi, na Restinga. Nesse local estão 29 adultos e 18 crianças. Outras 45 pessoas estão no Pepsi On Stage, onde está concentrado o acolhimento aos moradores das Ilhas, incluindo 27 adultos e 18 crianças. Já o Clube dos Correios, na Ponta Grossa, recebe 14 pessoas: 12 adultos e duas crianças, conforme a Fasc.