Após um longo período sob influência do fenômeno La Niña e uma breve fase de neutralidade, o El Niño, cuja principal característica é o aquecimento anormal e persistente da temperatura da superfície do Oceano Pacífico na região da Linha do Equador, está de volta.
O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) e o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) divulgaram atualizações sobre o El Niño de 2023.
De acordo com o Inmet, em junho, as condições de temperatura da superfície do mar mostraram um padrão típico do fenômeno El Niño, apresentando uma extensa faixa de águas quentes em grande parte do oceano, desde a porção central até a costa da América do Sul, com anomalias (diferença entre o valor registrado e a média histórica) de temperatura variando entre 0,5°C e 3,0°C.
O Inmet ressalta que as previsões dos modelos climáticos globais indicam mais de 90% de probabilidade do El Niño se manter até, pelo menos, o fim do ano. Quanto à intensidade, os modelos sugerem a continuação do fenômeno com nível moderado, podendo atingir a categoria de intensidade forte.
No Rio Grande do Sul, o fenômeno El Niño provocará bastante umidade e chuva volumosa, aumentando o risco de enchentes no território gaúcho. Segundo a previsão, o mês de setembro deve ser bastante úmido e chuvoso.