Além do frio

El Niño deve provocar inverno chuvoso no Rio Grande do Sul

O Centro de Previsão Climática dos EUA afirma que o El Niño já se formou e tende a se fortalecer ao longo do inverno

Cheia do Caí em Montenegro. Crédito: Rodrigo Ziebell / GVG

O começo do inverno, na próxima quarta-feira (21), deve trazer mais chuva para a Região Sul do Brasil e, em especial, para o Rio Grande do Sul. Com a influência do fenômeno El Niño, o país deve experimentar uma estação mais chuvosa que o normal no Sul e Sudeste, e mais seca em toda a metade norte do país.

O afastamento do ciclone extratropical que causou vítimas e destruição no Rio Grande do Sul na última semana vai continuar favorecendo o tempo frio e seco que começou neste sábado (17) na região. Porto Alegre deve ter mínima de 6°C na segunda-feira (19).

O tempo frio deve provocar geadas em cidades dos três estados neste domingo (18), o que deve se repetir na segunda-feira, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) e a Climatempo.

Pancadas de chuva devem voltar a ser registradas na capital gaúcha na quarta-feira (21) e na quinta-feira (22), quando a temperatura sobe um pouco, mas não passa de 20C°, segundo o Inmet.

El Niño

O inverno deste ano terá impacto do fenômeno El Niño, que afeta o Brasil aumentando a seca no Norte, Nordeste e parte norte do Centro-Oeste, e provocando o oposto no Sudeste e Sul, com volumes de chuva maiores que o normal.

O fenômeno ocorre quando as águas do Oceano Pacífico na faixa da Linha do Equador aquecem mais do que o normal, o que altera o sistema de ventos em toda a América do Sul, impedindo que as frentes frias que vêm do Sul avancem além do Sudeste do Brasil.

O NOAA (Centro de Previsão Climática da Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos) confirmou que o El Niño já se formou e tende a se fortalecer ao longo do inverno. O fenômeno não tem um tempo previsível de duração, e pode se estender entre seis meses a dois anos.

O risco é a ocorrência de um “super El Niño”, como o que atingiu o Rio Grande do Sul entre os anos de 1997 e 1998. O evento trouxe muitas chuvas destrutivas para o Estado. Uma das regiões mais atingidas foi o Norte do RS.