O SGB (Serviço Geológico do Brasil) realizará o Plano Municipal de Redução de Riscos em dois municípios do Rio Grande do Sul: Bento Gonçalves, na Serra gaúcha, e Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo. A iniciativa visa identificar áreas sujeitas a inundações, deslizamentos e outros perigos, permitindo que as prefeituras atuem de forma preventiva.
O mapeamento abrange tanto vias públicas quanto áreas privadas, analisando sinais como rachaduras, escorregamentos de terra e registros anteriores de enchentes. A Defesa Civil, juntamente com equipes técnicas municipais, acompanhará o processo, garantindo que as áreas de maior risco sejam identificadas e monitoradas.
Segundo Diogo Rodrigues, chefe do Departamento de Gestão Territorial do SGB, o projeto busca capacitar gestores públicos e promover a participação ativa da população. “Nosso objetivo é servir como um guia para decisões futuras, propondo obras e ações comunitárias que reduzam os riscos ou ensinem como lidar com eles, além de capacitar gestores públicos para aplicarem essas medidas de maneira eficaz”, explica Rodrigues.
Análise das áreas de risco pós-enchentes de maio
Após as enchentes de maio, o geólogo do SGB destacou a necessidade de reavaliar as áreas afetadas. “O que passou não podemos mudar, mas áreas de baixo e médio risco podem ter se tornado de alto risco depois do evento extremo que vivemos em maio no Rio Grande do Sul. Então, precisamos primeiro conhecer, para depois agir”, ressalta o chefe do Departamento de Gestão Territorial do SGB.
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Na primeira etapa do projeto, reuniões com lideranças comunitárias e gestores públicos apresentaram o programa. A secretária de Meio Ambiente, Simone Schneider, destacou a importância do estudo e o apoio da prefeitura na execução do PMRR. “É um privilégio para qualquer cidade receber um estudo desta magnitude. Isso demonstra o comprometimento com o crescimento sustentável de Santa Cruz”, afirmou.
Para engajar a população, a equipe técnica do governo federal conduziu palestras em escolas de bairros severamente afetados pelas chuvas, como Várzea, Belvedere e Rio Pardinho. Geólogos explicaram aos estudantes sobre os riscos naturais e como a ocupação desordenada pode aumentar os perigos. O engenheiro civil Leandro Kroth complementou, destacando a importância de diretrizes para obras de engenharia que ajudem a mitigar os riscos nos bairros.
Claiton Luis Kolling, coordenador da Defesa Civil de Santa Cruz do Sul, reforçou o papel dos estudantes no processo. “Os estudantes têm um papel importante em divulgar essas informações para suas famílias, garantindo que toda a comunidade esteja engajada nesta causa”, finalizou.
