Começou o trabalho de campo da batimetria no Guaíba. O barco equipado com ecobatímetro e GPS, iniciou a navegação às 9h desta quarta-feira (9). O objetivo é identificar pontos críticos de acúmulo de sedimentos e embasar futuras ações de dragagem, contribuindo para o controle de cheias no Estado.
A embarcação percorre o lago e coleta dados a cada dois metros de deslocamento. A medição fornece um mapeamento detalhado do fundo do Guaíba, formando a base para modelagens hidrodinâmicas mais precisas.
Além do Guaíba, serão mapeados os leitos dos rios Caí, Sinos, Gravataí e do Delta do Jacuí. No total, a área de estudo abrange 2.589 quilômetros de extensão hídrica. O trabalho de campo integra o projeto Desassorear RS e faz parte das ações estruturantes voltadas à prevenção de eventos climáticos extremos.
O investimento é de R$ 45,9 milhões, com recursos estaduais, e prevê o monitoramento dos grandes rios do Estado. A expectativa é de que, conforme os levantamentos parciais forem entregues, os dados já comecem a ser analisados tecnicamente pela Sema (Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura).
A secretária Marjorie Kauffmann afirmou que a batimetria é uma etapa fundamental antes de qualquer dragagem. “Precisamos identificar onde há de fato acúmulo de sedimento que esteja represando a água. Só assim é possível agir com precisão e eficiência”, destacou.
Etapas do projeto desde 2024
A execução do trabalho é resultado de um processo que teve início ainda em julho de 2024, logo após as enchentes que atingiram o Estado. Desde então, o governo realizou trâmites técnicos e legais para permitir a contratação das empresas especializadas e a estruturação dos blocos de análise.
As primeiras medições começaram após a entrega e validação dos planos de trabalho no início de julho de 2025. Segundo a Sema, os dados serão utilizados para orientar futuras intervenções de desassoreamento e aprimorar o sistema de alerta de inundações do Estado.