A cheia do Guaíba, provocada pelo grande volume de chuva na bacia dos rios Taquari e Jacuí, tornou necessário a retirada de famílias de casa no bairro Arquipélago, em Porto Alegre. Desde ontem (7), as águas que passam pelo Delta do Jacuí causam alagamentos na região e as autoridades estão em alerta.
Conforme a Prefeitura de Porto Alegre, ao menos 16 pessoas precisaram deixar suas casas na região das Ilhas. Desse total, 15 estão abrigadas na Escola Estadual Alvarenga Peixoto, na Ilha Grande dos Marinheiros. Outro morador passou mal e precisou ser transferido para um hospital para atendimento médico.
A escola Alvarenga Peixoto tem até 50 lugares à disposição com colchões e mantimentos para os moradores que precisarem de auxílio.
No entanto, muitos moradores – apesar de estarem com a água quase entrando em suas casas – decidiram ficar. Eles têm medo de invasões e furtos de seus bens. A comunidade é carente e o medo de perder o pouco que se tem é maior do que o risco causado pela cheia.
Mais no Agora RS
PREVISÃO DO TEMPO
Tempo fica instável no RS nesta sexta, aponta previsão do tempo
Há possibilidade de pancadas isoladas de chuva em várias regiões gaúchas. Em outras, sol entre nuvens, indica a previsão do tempo.
Agora no Tempo
Seminário debate enfrentamento às enchentes de 2024 no RS
Especialistas debatem impactos do desastre climático e estratégias de reconstrução sustentável no Rio Grande do Sul.
Animais são retirados
Na tarde de ontem (7), o Gabinete da Causa Animal realizou o resgate de 30 animais que estavam em moradias atingidas pela enchente. Na Ilha do Pavão, foram resgatados 20 cães e, na Ilha das Flores, outros 10.
Os animais foram levados em um veículo da prefeitura para a Unidade de Saúde Animal, na Lomba do Pinheiro, na zona leste de Porto Alegre. A equipe da Causa Animal também providenciou sacos de ração animal para serem entregues na Escola Alvarenga Peixoto, que serve de abrigo nas ilhas.
Nível do Guaíba apresenta estabilidade
O nível do Guaíba entrou em tendência de estabilidade após alcançar, conforme dados da ANA (Agência Nacional de Águas), a marca de 2,47 metros no Cais Mauá. O pico ocorreu às 15h de ontem (7).
Desde então, foi registrada oscilação entre 2,43 e 2,46 metros durante as 12h seguintes e, desde as 3h30 da manhã, o nível voltou ao patamar entre 2,40 e 2,42 metros, o mesmo que estava sendo registrado até as 7h da manhã de quinta-feira.
