O presidente do Sri Lanka, Maithripala Sirisena, dissolveu hoje (9) o Parlamento do país pouco depois de o governo anunciar que seu partido não tinha conseguido o apoio da maioria da Câmara para respaldar a recente destituição do primeiro-ministro Ranil Wickremesingh.
Sirisena “assinou a gazeta instruindo a dissolução do Parlamento”, formado por 225 membros, disse à Agência EFE uma fonte do gabinete do presidente, que pediu anonimato.
A mesma fonte afirmou que, seguindo a legislação do país, as eleições para a formação do novo Parlamento “serão realizadas no início de janeiro”, sem dar mais detalhes.
A decisão de Sirisena foi revelada horas depois de seu governo admitir que não contava com apoio suficiente para legitimar a destituição de Wickremesingh e a nomeação, no seu lugar, do ex-presidente Mahinda Rajapaksa.
“Até o momento temos o apoio de 104 a 105” parlamentares, disse à imprensa o porta-voz do governo e ministro de Informação, Keheliya Rambukwella, reconhecendo que não tinham conseguido reunir a maioria dos 225 membros.
No dia 27 de outubro, um dia depois da destituição do primeiro-ministro interino, Sirisena ordenou também a suspensão das sessões do Parlamento, mergulhando o país em uma crise sem saída.
O presidente do Parlamento, Karu Jayasuriya, pediu então ao presidente que retirasse a suspensão para permitir que os membros da Assembleia decidissem sobre a nova nomeação, um pedido ao qual dias depois o líder atendeu.
A relação entre Sirisena e Wickremesinghe foi piorando durante os últimos três anos, até o ponto em que Rajapaksa convidou o presidente a romper com o governo no início de outubro.