Começaram cedo os trabalhos da equipe de transição de governo, que tem se reunido no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), em Brasília. Onyx Lorenzoni, ministro extraordinário responsável pela condução das conversas com integrantes do atual governo, foi a primeira autoridade a chegar ao local, por volta de 8h20, sem falar com a imprensa.
As atividades do deputado ao longo do dia estarão concentradas em conversas internas com técnicos, além de reuniões com os grupos de trabalho no período da tarde. Também há previsão de encontro com algumas autoridades do governo Temer no local. Onyx tem respondido pela articulação política do presidente eleito Jair Bolsonaro, desde o período da campanha, incluindo conversas com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, pasta que assumirá a partir de janeiro.
Também em Brasília, o juiz Sergio Moro, confirmado para o comando do Ministério da Justiça, chegou ao CCBB para participar das conversas, antes de retornar a Curitiba. O magistrado acenou para jornalistas, mas não deu declarações. “Não tenho muita novidade”, disse.
Ontem (7), Moro encontrou o atual ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, elogiou a criação do Sistema Único de Segurança Pública (Susp) e defendeu a aprovação da Medida Provisória (MP) 841/2018), que estabelece o repasse de recursos das loterias para o Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP). Com essa medida, a expectativa é de que o orçamento para a pasta tenha incremento de R$ 800 milhões este ano e R$ 1,7 bilhão em 2019.
Na área econômica, os trabalhos se concentrarão em torno dos temas privatizações e ajuste fiscal. O economista Paulo Guedes, confirmado para o superministério da Economia (Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio), tem defendido as reformas, a venda de ativos, a liberação e desburocratização de recursos para setores da economia.