Eduardo Leite, 33 anos e filiado ao PSDB, foi eleito com 53% dos votos válidos o novo governador do Rio Grande do Sul. Ele derrotou o atual mandatário, José Ivo Sartori (MDB), que fez 47% do percentual. Torna-se o escolhido chefe do Executivo gaúcho mais jovem desde a redemocratização e o segundo de toda a história.
O início da apuração, no entanto, não foi favorável ao tucano. Saiu atrás de Sartori na primeira parcial, às 17h11, por pequena margem. Reverteu o quadro, assim como no primeiro turno, por volta das 17h35.
Leite acompanhou a apuração na casa dos pais em Pelotas, onde votou. Foi acompanhado por alguns correligionários e familiares. Emociado, falou à imprensa somente após a confirmação por parte do TRE que se tornava o 39º governador do Estado.
Natural de Pelotas, nasceu em 10 de março de 1985. Foi vereador da cidade por duas vezes. Elegeu-se o prefeito mais jovem da história do município do Sul do Estado, com 27 anos, em 2012. Não concorreu à reeleição, por ser contra ao privilégio, mas pavimentou o caminho da então vice, Paula Mascarenhas, à Prefeitura.
Na campanha deste ano, disse que quer mostrar “novidade com experiência”. Acabou trocando acusações com Sartori pela inércia do governo e por ter votado contra um plebiscito para privatização de estatais. Na mais forte polêmica, disse que o governador “precisa tirar a bunda da cadeira” durante o debate da Band. A frase foi tomada como ofensa pelo emedebista.
O vice de Eduardo Leite é o delegado de polícia Ranolfo Vieira Júnior. Fazem parte da coligação do novo governador o PTB, PRB, PPS, PHS, a REDE e o PP.
O PSDB comanda alguns dos principais municípios gaúchos, como Porto Alegre, com Nelson Marchezan Júnior; Pelotas, no governo de Paula Mascarenhas; e Santa Maria, com Jorge Pozzobom. Em Canoas, faz parte da base aliada do governo de Luiz Carlos Busato (PTB).