“O que ressalta aos olhos é que todos os traços são bem retilíneos. São 23 riscos muito certos e todos muito superficiais”, disse Jardim à reportagem da Agência Brasil. A perícia descartou o uso de objeto cortante e apontou o provável uso de objetos como um grampo ou uma bijouteria.
Paulo César Jardim disse que a jovem faz tratamento psiquiátrico e toma diversos remédios. “É uma fragilidade emocional”, acrescentou. O procedimento será encaminhando hoje para a Justiça e a pena por falsa comunicação de crime pode variar entre 6 meses a 1 ano de detenção.
A suposta vítima relatou ter sido agredida no início da noite do último dia 8, quando descia do ônibus. Jardim, que está no comando do caso desde o ocorrido, informou que, segundo depoimento da jovem, na data, três agressores riscaram o símbolo em sua barriga com um canivete e a agrediram com socos.
Durante a ocorrência, ela vestia uma camiseta com críticas ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) que tem como slogan “Ele não”. “O fato aconteceu numa segunda-feira e ela registrou o depoimento na terça-feira, porque uma amiga queria colocar a imagem no Facebook e precisava registrar o boletim policial para esquentar o fato”, afirmou o delegado.
Segundo Jardim, a jovem chegou acompanhada por mais de dois advogados e não queria depor ou fazer uma representação criminal. “Continuei a diligência para ver se havia outros tipos penais, e fizemos uma serie de investigações”, disse.
O laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP) do estado aponta lesões superficiais, contínuas, uniformes e sem profundidade. De acordo com a perícia, a jovem não apresentou reações sequer involuntárias esperadas como estímulos naturais a uma agressão.