Instituições financeiras consultadas pelo Ministério da Fazenda reduziram a previsão para o resultado negativo das contas públicas neste ano. A estimativa do déficit primário do Governo Central, formado pelo Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central, passou de R$ 141,038 bilhões para R$ 137,259 bilhões. A estimativa segue abaixo da meta de déficit perseguida pelo governo, de R$ 159 bilhões. O resultado primário é formado por receitas menos despesas, sem considerar os gastos com juros.
Os dados constam da pesquisa mensal Prisma Fiscal, elaborada pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, com base em informações do mercado financeiro.
Para 2019, a estimativa das instituições financeiras é de déficit de R$ 117,772 bilhões, contra R$ 123,808 bilhões previstos em setembro.
No relatório divulgado hoje, as instituições preveem menos despesas (estimativa passou de R$ 1,364 trilhão para R$ 1,362 trilhão). Já a previsão para receitas líquidas foi ajustada de R$ 1,224 trilhão para R$ 1,223 trilhões.
Para 2019, a projeção de receita líquida do Governo Central é de R$ 1,311 trilhão, ante R$ 1,306 trilhão prevista no mês passado. No caso da despesa total, a estimativa ficou em R$ 1,427 trilhão, ante R$ 1,423 trilhão, previsto em setembro.
A pesquisa apresenta também a projeção para a dívida bruta do Governo Central, que, na avaliação das instituições financeiras, deve ficar em 77% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas produzidas pelo país) neste ano. A previsão anterior era 76,1% do PIB. Para 2019, a estimativa ficou em 78,65% do PIB, ante 78,12% estimados no mês passado.