Cotidiano

Governo autoriza aumento na tarifa de Angra 3

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou hoje (9) o aumento da tarifa da usina de Angra 3. A medida é apontada como uma das maneiras de viabilizar o término da construção do empreendimento, cujas obras estão paradas desde 2015. Com i...

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou hoje (9) o aumento da tarifa da usina de Angra 3. A medida é apontada como uma das maneiras de viabilizar o término da construção do empreendimento, cujas obras estão paradas desde 2015. Com isso, a tarifa da usina, que atualmente está R$ 240 por megawatts-hora (MWh), irá dobrar atingir até R$ 480/MWh, em valores de julho deste ano.

O aumento foi uma recomendação do grupo de trabalho criado pelo governo para analisar a situação de Angra 3. Na reunião do CNPE também foram aprovados os estudos para a retomada das obras da Usina Nuclear Angra 3. O governo quer buscar investidores externos para auxiliar na finalização da construção.

Em nota, o CNPE informa que Angra 3 está programada para entrar em funcionamento em janeiro de 2026. Os investimentos previstos são de R$ 15,5 bilhões.

Por isso, também foi decidido que o Ministério de Minas e Energia vai propor ao Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI) uma avaliação da possibilidade de qualificação do empreendimento no Programa de Parceria de Investimentos (PPI), bem como que seja criada estrutura de governança para o acompanhamento dos principais marcos do projeto que vai garantir a entrada em operação da usina dentro do prazo previsto.

De acordo com o ministério, a usina, que tem capacidade de 1.405 MW, pode proporcionar mais segurança energética e elétrica ao sistema elétrico brasileiro. O argumento é que, por estar localizada na Região Sudeste, onde há maior consumo de energia no país, o acionamento da usina poderá gerar menores custos com a transmissão de energia.

“Sua operação corresponderá a um acréscimo de 7,2% da energia armazenável máxima do Subsistema Sudeste/Centro-Oeste e reduzir o acionamento de usinas térmicas com maior custo”, diz a nota do conselho.