Secretaria da Saúde do RS confirma oito casos de meningite no Estado

A SES/RS (Secretaria Estadual da Saúde) divulgou nesta segunda-feira, 30, um informativo epidemiológico onde confirma que foram registrados oito casos de meningite no Estado. Em 2015, “as notificações até o momento não apontam situação de surto, pois não apresentam comportamento fora do normal”, segundo a Secretaria. Até o momento, foram registrados dois óbitos por meningite bacteriana e um caso de meningite viral. Medidas importantes para evitar a doença: higienização das mãos, higienização e ventilação dos ambientes e cuidado com os alimentos.
A meningite é caracterizada por um processo inflamatório das meninges, membranas que revestem o encéfalo e a medula espinhal. A doença é causada principalmente pela infecção por vírus ou bactérias, no entanto, outros agentes também podem causar meningite como fungos e parasitas.
Entre as meningites bacterianas, a Doença Meningocócica é o principal objetivo da vigilância da SES em função dos índices de letalidade. Ela é causada por uma bactéria que possui diversos grupos, conforme a Secretaria. A transmissão ocorre através do contato direto pessoa a pessoa, por meio de secreções respiratórias de pessoas infectadas, sem sintomas ou doentes.
Em 2015, foram oito casos de doenças meningocócicas confirmados. Dois deles foram em uma escola infantil em Viamão, onde duas crianças foram identificadas com o tipo B – para o qual não há vacina disponível – e vieram a óbito (um menino de 5 anos em 12 de março e uma menina de 4 anos em 30 de março).
Já as meningites virais são são caracterizadas em sua maioria por um quadro clínico com evolução limitada e benigna. Não há tratamento específico, geralmente requer apenas a terapia de suporte. As manifestações clínicas assemelham-se as viroses em geral. Neste no, foram confirmados 56 casos de meningites virais no RS. Um único desses casos foi de óbito: uma mulher de 27 anos residente em Canoas, que desenvolveu um quadro de encefalite e faleceu no dia 7 de janeiro.
A principal medida de controle a ser desencadeada nas doenças meningocócicas para reduzir o contágio e, consequentemente, o número de casos, é a notificação e investigação de casos suspeitos. Nessas situações, é feito um tratamento em pessoas que não tenham sintomas da doença, de forma preventiva.