Após quase 13 horas de julgamento, o juiz Orlando Faccini Neto, da 1ª Vara do Júri, leu a sentença e impôs a pena máxima para os réus acusados da morte de Surianny dos Santos Silveira, de 5 anos. Charles Teixeira de Castro, padrasto da vítima, recebeu pena de 61 anos. Jeferson Machado da Silva, amigo dele, 61 anos e 9 meses. Eles foram condenados pelos crimes de homicídio qualificado, estupro de vulnerável e ocultação de cadáver.
Conforme a denúncia do Ministério Público, os crimes brutais ocorreram na madrugada de 9 de setembro de 2015, em casa no bairro Lomba do Pinheiro. Surianny foi morta por sufocamento na casa onde viviam os envolvidos, a mãe – que estava fora da cidade no dia do fato – e um irmão da menina. O corpo dela foi encontrado no interior de um sofá, no cômodo onde dormia.
Durante a instrução do processo, foram ouvidas 15 testemunhas. Em depoimento, Charles negou participação nos crimes e Jeferson preferiu ficar em silêncio. A mãe da vítima acredita em premeditação. Segundo a mãe da criança, no dia anterior ao fato, ligou para casa e ouviu de Charles que ela teria uma surpresa em relação à filha quando voltasse.
O julgamento foi realizado nessa terça-feira (30) na 1ª Vara do Júri, no 5º andar do Foro Central II de Porto Alegre.