MP e Polícia investigam crimes de estelionato e lavagem de dinheiro em cooperativa

A Cotrijuí (Cooperativa Agropecuária Industrial) está desde setembro de 2014 em liquidação voluntária e tem dívida estimada em 1,8 bilhão de reais.

O Ministério Público do Rio Grande do Sul e a Polícia Civil investigam vários crimes que teriam sido realizados por funcionários da Cotrijuí (Cooperativa Agropecuária Industrial). A cooperativa está desde setembro de 2014 em liquidação voluntária e tem dívida estimada em 1,8 bilhão de reais.

Conforme o MP, os crimes vêm sendo cometidos por uma organização criminosa que integra os quadros da Cooperativa. São investigados os delitos de apropriação indébita, estelionato e lavagem de dinheiro. Há suspeita que os criminosos tenham se apropriado de grãos pertencentes aos cooperados, adulterado documentos, entre outros crimes.

Na ação, foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão. Os mandados, expedidos pela Justiça de Ijuí também incluíram as residências de investigados em 16 municípios do Estado. A lista é extensa: Ijuí, Santo Augusto, Chiapetta, Independência, Bagé, Dom Pedrito, Augusto Pestana, Nova Ramada, Ajuricaba, Coronel Bicaco, Manoel Viana, Santiago, São Francisco de Assis, Derrubadas, São Luiz Gonzaga e Jóia.

Participaram do cumprimento dos mandados de busca e apreensão dez promotores de Justiça e dez delegados de Polícia, além de integrantes do Gaeco e das Delegacias de Polícia envolvidas. A Brigada Militar e a Receita Federal também ajudaram nas ações.

Também são investigadas uma série de fraudes destinadas à obtenção de proveito econômico em prejuízo da instituição. De acordo com o delegado Ricardo Blum Miron, durante as buscas, foram apreendidos HD’s, cópias de contratos e diversos documentos.

A investigação prossegue. Os nomes dos investigados não foram divulgados. Ninguém foi preso na primeira fase da “Operação Cotrijuí”.